O governo federal registrou um déficit acumulado de R$ 83,9 bilhões nas contas públicas até novembro de 2024, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29).

Somente em novembro, o rombo chegou a R$ 20,2 bilhões, valor superior à previsão inicial de déficit de R$ 12,7 bilhões para o mês.

Os números abrangem o governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. No mesmo período do ano passado, o déficit era de R$ 67 bilhões.

O levantamento mostra que Tesouro Nacional e Banco Central tiveram superávit de R$ 244,5 bilhões, enquanto a Previdência Social acumulou déficit de R$ 328,3 bilhões. "Em termos reais, a receita líquida cresceu 2,9% (+R$ 60,2 bilhões), enquanto a despesa avançou 3,4% (+R$ 71,9 bilhões)", detalhou o relatório.

Apesar do cenário negativo, o governo federal projeta um superávit de R$ 20 bilhões em dezembro, impulsionado por dividendos de estatais como BNDES, Petrobras e Caixa Econômica Federal.

"O resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi superavitário em R$ 1,1 bilhão, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit de R$ 21,3 bilhões. Comparado a novembro de 2024, o resultado primário decorreu da combinação de um decréscimo real de 4,8% da receita líquida (-R$ 8,4 bilhões) e de um crescimento de 4,0% das despesas totais (+R$ 7,1 bilhões)", pontuou o relatório do Tesouro sobre os dados de novembro.

Inflação deve terminar o ano em 4,32%

O Boletim Focus do Banco Central, divulgado mais cedo, indica que a expectativa do mercado financeiro é de que a inflação em 2025 encerre em 4,32%, abaixo do teto da meta estabelecida.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 2,26% em 2025, enquanto a projeção para 2027 é de 1,8%.

Em relação ao dólar, a previsão é que a cotação termine o ano em R$ 5,44.