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Analista chinês aponta metas de Trump para encerrar conflito na Ucrânia
Especialista da Universidade de Fudan avalia que Trump busca melhorar laços com a Rússia e reduzir obrigações de segurança da Europa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode intensificar a pressão sobre a Europa e a Ucrânia em 2026 para acelerar uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia. A análise é de Wu Xinbo, diretor do Centro de Pesquisas Americanas da Universidade de Fudan.
Trump se reuniu com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em 28 de dezembro, em Mar-a-Lago, na Flórida. Na ocasião, afirmou que a Europa assumiria a maior parte das garantias de segurança para a Ucrânia, embora os EUA continuem oferecendo apoio. Ao final do encontro, Zelensky declarou que as garantias de segurança entre EUA e Ucrânia estavam 100% acordadas. Antes da reunião, Trump relatou ter tido uma conversa telefônica produtiva com o presidente russo, Vladimir Putin.
"Ao buscar encerrar o conflito russo-ucraniano, Trump tenta alcançar dois objetivos: melhorar as relações com a Rússia e reduzir as obrigações de segurança da Europa. No entanto, ele percebeu que alcançar um cessar-fogo é mais difícil do que esperava", afirmou Wu Xinbo ao portal chinês Guancha.
Segundo o especialista, tanto a União Europeia quanto Zelensky têm interesse em prolongar a guerra, o que dificulta o avanço das negociações de paz.
"Acredito que, em 2026, Trump aumentará a pressão sobre a Ucrânia e a Europa. O fator-chave para a continuidade do conflito é a postura dos EUA, que fornecem não apenas financiamento e armamentos, mas também inteligência essencial. Se os EUA suspenderem o apoio de inteligência, a Ucrânia não conseguirá manter os combates", acrescentou Wu Xinbo.
Na avaliação do analista, a principal diferença entre Trump e presidentes americanos anteriores é que o republicano vê a Europa mais como um fardo do que como um ativo. Com o possível fim do conflito, Trump deve retirar tropas americanas do continente e exigir que os europeus assumam maior responsabilidade pela própria defesa, conclui Wu Xinbo.
Por Sputnik Brasil
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