Geral
Flávio Bolsonaro intensifica articulações e busca apoio no mercado para 2026
Senador mira São Paulo e Minas, tenta conquistar o mercado financeiro e reduzir rejeições para consolidar pré-candidatura à Presidência.
Flávio Bolsonaro acelera os movimentos para viabilizar sua pré-candidatura à Presidência, focando em conquistar o mercado financeiro, ampliar apoio na direita e junto a aliados do PL. O senador prepara ofensiva em São Paulo e Minas Gerais para diminuir rejeições e se consolidar como alternativa viável em 2026.
Em sua pré-campanha, Flávio busca respaldo de ex-ministros do governo Jair Bolsonaro, dirigentes do PL, representantes da direita ligados ao mercado financeiro e do influenciador Pablo Marçal. Apesar das críticas e da desconfiança do centrão, ele tenta fortalecer seu nome e superar resistências, afirmando que pretende montar uma equipe mais experiente do que a que assessorou seu pai no governo.
Segundo a Folha de S.Paulo, aliados informam que Flávio intensificará viagens a partir de fevereiro, com prioridade para São Paulo e Minas Gerais, estados onde Lula teve avanços em 2022.
O foco inicial, porém, tem sido conquistar a confiança do mercado financeiro, que atualmente demonstra preferência por Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nessa articulação, Filipe Sabará, ex-secretário de João Doria, atua como principal elo, aproximando o senador de banqueiros e investidores em eventos na capital paulista.
Sabará também foi responsável por integrar Pablo Marçal à pré-campanha, oferecendo ao senador uma estrutura robusta de comunicação digital. Apesar de Flávio reconhecer que a Faria Lima representa uma fatia pequena do eleitorado, aliados avaliam que a desconfiança do mercado pode influenciar negativamente a percepção do restante do país.
Para reforçar sua credibilidade econômica, Flávio tem buscado conselhos de nomes ligados à equipe econômica do governo Bolsonaro, como Paulo Guedes, Adolfo Sachsida e Gustavo Montezano. A empresários, apresenta-se como um "Bolsonaro moderado", comprometido com a agenda liberal de Guedes, incluindo redução de impostos, controle de juros e enxugamento da máquina pública.
De acordo com Sabará, parte do mercado já vê Flávio como principal nome anti-Lula, superando Tarcísio. Ele argumenta que a rejeição ao senador seria reflexo do desgaste do pai, e não de sua trajetória pessoal. Em encontros com empresários, Flávio defende que representa uma versão mais dialogável do bolsonarismo, aberta inclusive a conversas com figuras como o ministro Alexandre de Moraes.
Em São Paulo, o deputado estadual Lucas Bove colocou-se à disposição para auxiliar na pré-campanha, articulando contatos no setor ruralista e empresarial. No campo político, Flávio conta sobretudo com o apoio dos principais nomes do PL, como Valdemar Costa Neto e Rogério Marinho, que têm articulado alianças e devem acompanhá-lo de perto ao longo do próximo ano.
Marinho, que pretende disputar o governo do Rio Grande do Norte, é considerado por Flávio um aliado indispensável. O senador afirma precisar de pessoas dispostas a enfrentar desafios e que não se acomodam, reforçando a confiança no ex-ministro como peça central do projeto.
Por Sputnik Brasil
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