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'Serial killer da rotatória' foge de penitenciária no Tocantins

Renan Barros da Silva, condenado por seis homicídios, escapou junto a outro detento usando corda improvisada com lençóis.

28/12/2025
'Serial killer da rotatória' foge de penitenciária no Tocantins
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

Dois detentos fugiram da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, no Tocantins, na quinta-feira, 25, feriado de Natal. Entre eles está Renan Barros da Silva, de 26 anos, conhecido como "serial killer da rotatória", condenado por seis homicídios.

Renan Silva e Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, escaparam da prisão de segurança máxima após serrarem as grades de uma cela e utilizarem uma corda improvisada com lençóis para atravessar o alambrado, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins.

Em maio de 2021, Renan foi responsável por três homicídios em Araguaína, conforme investigação da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP Araguaína), que o classificou como serial killer, pois ele já respondia por outros três assassinatos.

De acordo com a secretaria, ambos os foragidos possuem ligação com o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e cumpriam pena em regime fechado por homicídios e outros delitos. São considerados de alta periculosidade.

Equipes da Polícia Civil e outras forças de segurança seguem em diligências integradas para localizar e recapturar os fugitivos. "As forças de segurança permanecem mobilizadas na região sul do Estado para a localização dos detentos", informaram as autoridades.

Informações que possam ajudar na localização dos foragidos podem ser repassadas pelos telefones 190 ou 197, ou pela Central de Flagrantes 24h de Gurupi: (63) 3312-4110, também disponível via WhatsApp. "O sigilo da denúncia é absoluto", garante a Secretaria da Segurança Pública.

Os crimes

Segundo as investigações, em maio de 2021, três corpos de homens foram encontrados em um matagal em Araguaína. Além dessas vítimas, uma quarta pessoa foi surpreendida com disparos, mas conseguiu fugir sem ser atingida. Renan Barros da Silva foi identificado como autor dos crimes.

O delegado responsável detalhou que os homicídios foram planejados: Renan comprou munição, hospedou-se em um hotel, roubou uma bicicleta, escondeu-se no matagal e, à medida que as vítimas passavam de motocicleta, ele as abordava e atirava sem chance de defesa.

Renan ficou cerca de uma hora e meia no local do triplo homicídio, retirando os corpos da pista e jogando-os no matagal, enquanto as motocicletas eram lançadas em uma ribanceira.

O detento responde ainda por outros três homicídios: dois em novembro de 2020, em Araguaína, e outro em junho de 2021, em Estreito (MA). "Ele agia de forma semelhante, utilizando pistola calibre 380 e atirando na cabeça das vítimas", relatou o delegado Adriano de Aguiar.

Testemunhas afirmaram que Renan circulava entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins, praticando furtos em lojas, incluindo computadores, celulares e cofres, com valores subtraídos entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.