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Israel estreia primeira arma a laser operacional do mundo

Iron Beam complementa o Iron Dome e promete reduzir custos e reforçar defesa aérea em meio à crescente tensão regional.

Sputinik Brasil 28/12/2025
Israel estreia primeira arma a laser operacional do mundo
Sistema Iron Beam reforça defesa aérea israelense e reduz custos em meio à tensão regional. - Foto: © Rafael/Divulgação

Sistema Iron Beam entra em operação e passa a complementar o Iron Dome em um cenário de crescente tensão regional e corrida tecnológica militar.

Israel anunciou neste domingo (28) a entrada em operação do primeiro sistema de interceptação a laser do mundo, um marco tecnológico com repercussões diretas no equilíbrio militar global. Batizado de Iron Beam, o sistema foi incorporado à Força Aérea israelense com o objetivo de neutralizar ameaças aéreas, como foguetes e mísseis, a um custo significativamente menor do que os métodos tradicionais de defesa antimísseis.

Desenvolvido ao longo de mais de uma década pelo Ministério da Defesa de Israel, em parceria com a empresa Rafael, o sistema foi oficialmente entregue em uma cerimônia no norte do país. Segundo o ministro da Defesa, Israel Katz, trata-se da primeira vez, em escala mundial, que um sistema de laser de alta potência atinge plena maturidade operacional, realizando interceptações reais em múltiplos cenários.

A implementação do Iron Beam coloca Israel na vanguarda de uma corrida tecnológica global por sistemas de defesa mais eficientes e econômicos, observada de perto por potências militares como Estados Unidos, China e Rússia. Além de reforçar a capacidade defensiva israelense, a nova tecnologia envia um sinal estratégico a adversários regionais e internacionais, ao demonstrar a capacidade do país de inovar diante da crescente proliferação de drones, foguetes e mísseis de curto alcance.

O novo sistema deverá atuar de forma complementar às camadas já existentes da defesa aérea israelense, como o Iron Dome, voltado à interceptação de ameaças de curto alcance, o David’s Sling e os sistemas Arrow, desenvolvidos em cooperação com os Estados Unidos para neutralizar mísseis balísticos. A aposta no laser busca reduzir custos operacionais e aumentar a capacidade de resposta em cenários de saturação de ataques.

O anúncio ocorre meses após a guerra de 12 dias travada entre Israel e Irã, em junho, quando o sistema de defesa israelense não conseguiu interceptar todos os projéteis lançados por Teerã. Israel reconheceu ter sido atingido por mais de 50 mísseis durante o conflito, que deixou 28 mortos, evidenciando os limites dos atuais sistemas de defesa diante de ataques em larga escala.

Nesse contexto, a entrada em operação do Iron Beam representa não apenas um avanço tecnológico nacional, mas um potencial divisor de águas na defesa aérea contemporânea, com impactos que ultrapassam o Oriente Médio e podem redefinir padrões militares em conflitos futuros.