Geral
Maceió completa quatro anos sem mortes por eventos climáticos em 2025
Ações preventivas da Defesa Civil garantem marco histórico mesmo com aumento de ocorrências durante o período chuvoso
A Defesa Civil de Maceió registrou 2.479 ocorrências em 2025, um aumento de 63,3% em relação a 2024, que contabilizou 1.518 atendimentos. O crescimento está diretamente relacionado aos episódios de chuva intensa que marcaram o período chuvoso, especialmente entre maio e junho, quando as precipitações ficaram 60% acima da média histórica, segundo o Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (Cimadec).
Apesar do aumento expressivo de atendimentos, não houve registro de acidentes fatais decorrentes das chuvas em 2025, consolidando o quarto ano consecutivo sem mortes causadas por eventos climatológicos na capital.
As ocorrências mais frequentes envolveram edificações com problemas estruturais (704 chamados), seguidas por deslizamentos de solo (311) e ameaças de deslizamento (200).
Os bairros mais afetados foram Bom Parto (302 registros), Jacintinho (229) e Chã da Jaqueira (219), todos diretamente impactados pela intensidade das chuvas.
O aumento nas demandas também mobilizou outros órgãos municipais. Em 2025, a Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) recebeu 137 solicitações para poda de árvores e limpezas emergenciais.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) foi acionada em 224 ocasiões, principalmente para intervenções de drenagem e apoio técnico em ocorrências agravadas pela chuva. Os números refletem a concentração de eventos extremos no primeiro semestre.
Segundo relatório meteorológico do Cimadec, abril apresentou déficit severo de -72,7% de chuva, atrasando o início do período chuvoso. Em maio, a precipitação superou em 76% o esperado, e junho registrou aumento de 45,9%. Juntos, os dois meses acumularam quase 1.000 mm de chuva, favorecendo o crescimento dos casos de deslizamento e problemas estruturais na cidade.
O meteorologista Hugo Carvalho destaca que a distribuição irregular das chuvas foi determinante para o cenário de 2025. “Tivemos um início de período chuvoso muito seco e, logo em seguida, uma sequência de eventos extremos. Essa quebra de padrão intensificou a saturação do solo em pouco tempo e aumentou significativamente o risco de deslizamentos e ocorrências em edificações com problemas estruturais”, explica.
Matheus Montenegro, diretor-operacional da Defesa Civil Municipal, reforça o impacto direto da precipitação no aumento dos atendimentos. “O crescimento das ocorrências acompanha exatamente os meses de maior intensidade de chuva. Nossas equipes atuaram de forma contínua para minimizar danos e garantir a segurança da população”, afirma.
A Defesa Civil de Maceió segue em monitoramento permanente e pode ser acionada 24 horas por dia, pelo número 199.
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