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Ato denuncia crimes da Braskem e relembra impactos da mineração em Maceió

Protesto na sede da empresa expõe contradição entre discurso sustentável na COP 30 e destruição causada pelo afundamento de bairros na capital alagoana

15/11/2025
Ato denuncia crimes da Braskem e relembra impactos da mineração em Maceió

A sede da Braskem em Maceió foi alvo de um protesto na manhã desta quarta-feira (6), durante um ato que denunciou os crimes socioambientais atribuídos à empresa e reafirmou a memória das famílias atingidas pelo afundamento do solo na capital alagoana. Manifestantes abriram o prédio em forma de escracho, cobrando responsabilização e reparação integral.

O protesto ocorre no mesmo momento em que a Braskem tenta reforçar uma imagem de sustentabilidade durante sua participação na COP 30, em Belém (PA). Para os movimentos sociais, a postura da empresa no evento internacional contrasta com a realidade vivida em Maceió, onde bairros foram esvaziados, imóveis destruídos e milhares de moradores precisaram deixar suas casas após décadas de exploração de sal-gema.

A mobilização em Alagoas também se conecta às manifestações que ocorrem hoje em Belém, durante a Marcha Global pelo Clima, organizada pela Cúpula dos Povos. Os participantes do ato afirmaram que a luta por justiça ambiental precisa caminhar junto com o enfrentamento às desigualdades e aos impactos socioeconômicos deixados pelo modelo de exploração mineral no Brasil.

De acordo com os movimentos presentes, o objetivo é manter viva a memória do desastre urbano que atingiu Maceió e reforçar a cobrança para que a empresa seja responsabilizada de forma integral pelos danos causados às comunidades afetadas.