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China: Banco Central promete política moderadamente frouxa e mais apoio ao consumo e inovação

Relatório do PBoC destaca compromisso com liquidez ampla, fortalecimento da recuperação econômica e estímulo a setores estratégicos

11/11/2025
China: Banco Central promete política moderadamente frouxa e mais apoio ao consumo e inovação
O Banco do Povo da China (PBoC) - Foto: Reprodução

O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou que manterá uma política monetária "moderadamente frouxa" e garantirá liquidez ampla, diante de um cenário externo considerado "instável e incerto" e de uma economia doméstica que ainda enfrenta "muitos riscos e desafios". As informações constam no Relatório de Implementação da Política Monetária do Terceiro Trimestre, divulgado nesta terça-feira.

De acordo com o documento, o banco central reconhece que a base da recuperação econômica "precisa ser consolidada" e promete intensificar o apoio a setores estratégicos. O PBoC informou que irá aumentar os esforços para estimular o consumo e a inovação tecnológica, utilizando instrumentos de crédito direcionado, como linhas de redesconto e empréstimos voltados à transformação industrial.

O relatório ressalta que a autoridade monetária buscará fortalecer a transmissão da política monetária e aperfeiçoar o sistema de regulação de taxas de juros, com o objetivo de reduzir o custo de captação dos bancos e "promover a queda do custo de financiamento social".

O PBoC também destacou que continuará a manter a taxa de câmbio do yuan basicamente estável em um nível considerado razoável e equilibrado, assegurando a flexibilidade cambial e prevenindo oscilações excessivas.

Segundo o banco, a política monetária seguirá equilibrando "o curto e o longo prazo, o crescimento e a prevenção de riscos", com o objetivo de estabilizar o crescimento, o emprego e as expectativas. O PBoC afirmou ainda que dará atenção especial à dinâmica dos preços, destacando que "promover a recuperação razoável dos preços será um fator importante na condução da política monetária".

O relatório reforça que a China "mantém fundamentos sólidos, vantagens estruturais e forte resiliência", e que o foco continuará em criar um ambiente financeiro adequado para sustentar a recuperação e garantir que não ocorram riscos financeiros sistêmicos.