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EUA reativam base naval da Guerra Fria no Caribe, próxima à Venezuela
Ação sinaliza possíveis preparativos militares dos Estados Unidos na região, segundo reportagem da Reuters
Segundo artigo da Reuters, medida sinaliza preparativos para uma eventual ação militar na Venezuela.
As Forças Armadas dos Estados Unidos estão reativando e modernizando uma antiga base naval no Caribe, utilizada durante a Guerra Fria, em uma ação que indica preparativos para uma operação prolongada de suporte a uma possível intervenção militar na Venezuela.
De acordo com reportagem publicada neste domingo (2) pela Reuters, desde 17 de setembro foram iniciadas obras de limpeza e repavimentação das pistas de pouso e decolagem na base naval de Roosevelt Roads, em Porto Rico — desativada pela Marinha norte-americana há mais de 20 anos.
A base possui localização estratégica e oferece amplo espaço para armazenamento de equipamentos. Além das melhorias na infraestrutura da base, novas instalações foram construídas em aeroportos civis em Porto Rico e St. Croix, nas Ilhas Virgens Americanas. Ambos os territórios estão a cerca de 800 quilômetros da Venezuela.
"Acredito que tudo isso tem o objetivo de assustar o regime de Maduro e os generais ao seu redor, na esperança de criar fissuras", afirmou Christopher Hernandez-Roy, pesquisador sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), em Washington.
A Casa Branca afirma que a expansão militar dos EUA no Caribe está alinhada à promessa de campanha de Donald Trump de combater cartéis de drogas na região.
"Ele [Trump] tomou medidas sem precedentes para deter o flagelo do narcoterrorismo, que resultou na morte desnecessária de americanos inocentes", declarou Anna Kelly, porta-voz da Casa Branca.
Desde setembro, os EUA já realizaram pelo menos 14 ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico, sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico, segundo Trump, embora nenhuma prova tenha sido apresentada. Essas ações deixaram 61 mortos.
Sem apresentar fundamentos, Trump acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar um cartel de drogas. Maduro, por sua vez, afirma que a acusação é uma tentativa dos EUA de criar um factoide para justificar uma invasão à Venezuela em busca de petróleo e gás.
"Eles buscam muitas coisas, mas a primeira é o petróleo, não é o tráfico de drogas, é o petróleo, é o gás. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo, agora ampliada por novos fatores de recuperação graças à tecnologia. Possui a quarta maior reserva de gás do Caribe, justamente onde essas pessoas enviaram a frota", declarou Maduro.
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