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Plano de Trump para testes nucleares gera medo e confusão em Washington, afirma mídia
 
								Donald Trump surpreendeu o mundo ao anunciar nas redes sociais que havia pedido ao exército dos EUA para "começar a testar nossas armas nucleares", afirmando que os Estados Unidos não poderiam ficar para trás da Rússia e da China.
"A Rússia é a segunda, e a China está distante em terceiro, mas estará no mesmo nível em até cinco anos", disse Trump.
De acordo com o site de notícia Reuters, a declaração causou "confusão em Washington". Durante uma audiência nesta quinta-feira (30), no Comitê de Serviços Armados do Senado, o vice-almirante da Marinha dos EUA, Richard Correll, que esperava confirmação para se tornar o comandante das forças nucleares dos Estados Unidos enfrentou perguntas repetidas sobre os comentários de Trump de parlamentares dos EUA.
A maior preocupação dos parlamentares, relatou a Reuters, tem relação com o desencadeamento de uma corrida armamentista nuclear global.
Segundo especialistas ouvidos pelo site de notícias, testes de sistemas de entrega de armas nucleares "seria perturbador e poderia provocar escalações entre potências rivais".
O vice-presidente JD Vance disse que os testes fariam parte dos esforços para garantir que o arsenal nuclear dos EUA funcione adequadamente. O país e outras potências nucleares deixaram há anos de detonar ogivas reais, usando hoje simulações computacionais avançadas para manter a prontidão de seus arsenais.
Desde o primeiro teste nuclear dos EUA em 1945, mais de 2 mil testes foram realizados globalmente até o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês) de 1996.
Os Estados Unidos lideraram com mais de mil testes, seguidos pela União Soviética com 715. Após o tratado, apenas dez testes foram registrados, todos por Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
Os testes nucleares foram interrompidos principalmente por preocupações com os impactos ambientais e na saúde humana. Regiões como o Pacífico e o Cazaquistão sofreram contaminações duradouras, e ativistas denunciam efeitos nocivos sobre populações locais. A suspensão dos testes também visava reduzir tensões entre grandes potências durante a Guerra Fria.
Embora os EUA tenham assinado o CTBT, nunca o ratificaram. Em 2023, a Rússia revogou sua ratificação, alinhando-se formalmente à posição norte-americana. Testes nucleares são usados para validar o funcionamento de novas armas e verificar a eficácia de arsenais antigos, além de enviar sinais estratégicos a adversários como Rússia e China.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou mais cedo que o teste do míssil de cruzeiro Burevestnik, movido a energia nuclear e realizado pela Rússia, não teve qualquer conotação nuclear. Moscou espera que as informações sobre os testes do míssil Burevestnik e do torpedo submarino Poseidon tenham sido transmitidas corretamente a Trump, acrescentou o porta-voz.
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