O Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou nesta quarta-feira (17) que Tel Aviv apresentou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um projeto imobiliário de "sucesso" para a Faixa de Gaza.

Em uma conferência na cidade de Eilat, ao sul de Israel, Smotrich declarou ter iniciado discussões com autoridades norte-americanas sobre um plano de negócios para a Faixa de Gaza.

"Pagamos muito dinheiro pela guerra, então precisamos decidir como dividir os lucros das terras em Gaza. Já fizemos a fase de demolição, agora é hora de construir."

A proposta atraiu críticas internacionais, ecoando sugestões anteriores de Trump para expulsar os palestinos de Gaza e desenvolver a faixa como um resort à beira-mar.

O mandatário da Casa Branca afirmou no começo deste ano que os EUA "assumiriam o controle" da Faixa de Gaza, liderariam esforços de reconstrução e a transformariam a região em uma "Riviera do Oriente Médio".

O republicano também sugeriu que os moradores de Gaza deveriam se reassentar permanentemente em outros países, como Jordânia ou Egito, e mencionou a possibilidade de enviar tropas norte-americanas ao território.

Nova ofensiva israelense

Soldados e tanques de Israel invadiram a cidade de Gaza nesta quarta-feira, demolindo prédios de vários andares, disseram autoridades israelenses, enquanto o número de mortos palestinos na ofensiva de quase dois anos ultrapassou 65 mil.

As autoridades de saúde de Gaza relataram que pelo menos 98 pessoas foram mortas por disparos israelenses nas últimas 24 horas e outras 385 ficaram feridas, elevando o número total de mortos no enclave para 65.062, com 165.697 feridos.

Estimativas das Forças de Defesa de Israel (FDI), na última terça-feira (16), apontam que cerca de 350 mil palestinos deixaram a cidade de Gaza no primeiro dia da nova ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu contra a região.