O Governo Federal divulgou o calendário oficial de pagamentos do Bolsa Família para 2026. Assim como nos anos anteriores, os repasses seguem um cronograma escalonado, definido de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS). Em janeiro, os depósitos começam no dia 19 para quem possui NIS final 1 e seguem até o dia 30.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o primeiro pagamento do ano será em 19 de janeiro. Confira as datas completas no calendário oficial.

Quem recebe o Bolsa Família?

Segundo dados de dezembro de 2025, cerca de 18,7 milhões de famílias — totalizando 48,92 milhões de pessoas — são beneficiadas pelo programa de transferência de renda. O valor mensal desembolsado pelo governo federal gira em torno de R$ 12,7 bilhões.

O benefício mínimo é de R$ 600 por família, podendo haver acréscimos conforme a composição familiar. Por exemplo, o Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses, para garantir a alimentação da criança. Além disso, há acréscimo de R$ 50 para famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, e de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos.

Em dezembro de 2025, o benefício médio foi de R$ 691,37 por domicílio brasileiro, segundo o MDS.

Quem pode receber o Bolsa Família?

A principal regra para ter direito ao benefício é possuir renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Para calcular se a família se enquadra, basta somar a renda total e dividir pelo número de integrantes. Se o resultado for inferior a R$ 218, a família está apta a receber o Bolsa Família.

Por exemplo, se uma pessoa recebe um salário mínimo (R$ 1.518) e a família possui sete membros, a renda per capita é de R$ 216,85, o que garante o direito ao benefício.

Além disso, os beneficiários devem:

• Manter crianças e adolescentes matriculados e frequentando a escola;
• Realizar acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
• Manter as carteiras de vacinação atualizadas.

Como se cadastrar?

É necessário se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico), que garante a inclusão de famílias de baixa renda em programas sociais do governo federal. A inscrição pode ser feita nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) das prefeituras.

Estar no Cadastro Único, porém, não garante a entrada automática no Bolsa Família. O cadastro é pré-requisito para que a inscrição seja analisada.

Como sacar o Bolsa Família?

Os valores podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem, sem necessidade de ir até uma agência da Caixa Econômica Federal. O beneficiário também pode utilizar o cartão virtual do Caixa Tem para compras com débito, além de realizar saques em terminais de autoatendimento, casas lotéricas, correspondentes bancários e caixas das agências.