Curiosidades
Chappell Roan recua em homenagem a Brigitte Bardot após descobrir posições de extrema-direita da atriz
“Muito decepcionante saber”, afirmou a cantora, que dedicou música inspirada na atriz francesa
Chappell Roan voltou atrás em uma homenagem feita a Brigitte Bardot após ser alertada por fãs sobre as posições de extrema-direita da atriz francesa, que faleceu aos 91 anos.
“Meu Deus, eu não fazia ideia de todas essas coisas absurdas que a Sra. Bardot defendia”, escreveu a cantora americana na segunda-feira, em um post nos Stories do Instagram. “Não concordo com isso. Muito decepcionante saber.”
Inicialmente, Chappell, vencedora do Grammy de 2025 como melhor artista revelação, havia publicado: “Descanse em paz, Sra. Bardot. Ela foi minha inspiração para 'red wine supernova'”, referindo-se a uma de suas canções do álbum The rise and fall of a Midwest princess.
Bardot ganhou fama em 1956 com o filme E Deus criou a mulher e participou de quase 50 produções. Ela deixou o cinema em 1973 para se dedicar à defesa dos direitos dos animais, mas suas posições políticas polêmicas geraram controvérsias. Bardot foi condenada cinco vezes por discurso de ódio, principalmente contra muçulmanos e também contra habitantes da ilha francesa de Reunião, que ela chamou de “selvagens”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou Bardot como uma “lenda” do cinema do século XX que “encarnou uma vida de liberdade”. Figuras da extrema-direita, como Marine Le Pen, foram das primeiras a lamentar a morte da atriz, chamando-a de “incrivelmente francesa: livre, indomável, íntegra”.
Bardot apoiou Le Pen nas eleições presidenciais de 2012 e 2017, descrevendo-a como uma “Joana d’Arc” moderna, de quem esperava que pudesse “salvar” a França.
O conservador Eric Ciotti sugeriu um funeral nacional, semelhante ao de Johnny Hallyday, e lançou uma petição online que, nesta segunda-feira, contava com pouco mais de 7 mil assinaturas.
Poucos políticos de esquerda se pronunciaram sobre a morte de Bardot. O deputado socialista Philippe Brun declarou à rádio Europe 1: “Brigitte Bardot foi uma figura de destaque, um símbolo de liberdade, rebeldia e paixão. Sua perda nos entristece”, sem se opor a uma homenagem nacional, mas ressaltando que “haverá tempo suficiente, nos próximos dias e semanas, para falar de seus compromissos políticos”.
Fabien Roussel, líder do Partido Comunista, classificou Bardot como uma figura divisiva, mas reconheceu sua importância para o cinema francês. “Todos concordamos que o cinema francês criou BB e que ela o fez brilhar em todo o mundo”, escreveu no X.
Já a deputada ecologista Sandrine Rousseau foi mais crítica: “Comover-se com o destino dos golfinhos, mas permanecer indiferente à morte de migrantes no Mediterrâneo... que nível de cinismo é esse?”, ironizou na rede social BlueSky.
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