Curiosidades

Última aparição de Brigitte Bardot foi em entrevista rara em casa, sete meses antes da morte

Atriz morreu aos 91 anos, após anos longe dos holofotes

Agência O Globo - 28/12/2025
Última aparição de Brigitte Bardot foi em entrevista rara em casa, sete meses antes da morte
Brigitte Bardot - Foto: Reprodução

A morte de Brigitte Bardot, neste domingo, marcou simbolicamente o fim de 2025 com a despedida de uma das maiores estrelas do cinema mundial. Aos 91 anos, a atriz estava afastada da vida pública há décadas. Sua última aparição ocorreu sete meses antes, em uma entrevista rara concedida em casa, no sul da França.

Bardot passou seus últimos anos conforme desejava: longe dos holofotes e dedicada à causa animal. Reclusa entre La Madrague, sua residência em Saint-Tropez, e a região da Garrigue, ela abriu uma exceção em 12 de maio, quando recebeu a equipe da BFMTV para um depoimento em vídeo — o primeiro em 11 anos.

A entrevista foi motivada exclusivamente por sua militância em defesa dos direitos dos animais, especialmente contra a chasse à courre, uma tradicional modalidade de caça na França, que Bardot considerava “completamente obsoleta”.

— Conduzo uma luta que merece um pouco de mim mesma. E, neste caso, o melhor de mim é me mostrar — afirmou a ex-atriz, afastada das telas há mais de meio século.

Na ocasião, Bardot contou ter enviado cartas formais ao presidente Emmanuel Macron, ao então primeiro-ministro François Bayrou e a parlamentares, pedindo o fim da prática. O apelo foi acompanhado de um gesto irônico: um aparelho auditivo, com a mensagem de que a Fundação Brigitte Bardot oferecia “o meio para que suas reivindicações fossem ouvidas”.

Durante a entrevista, Bardot também abordou o isolamento imposto pela fama, vivido como escolha, mas também como prisão.

— Sou prisioneira de mim mesma. Nunca pude ir a um bar tomar um café. As pessoas me reconheciam. Não posso escapar, não posso escapar de mim — lamentou.

Mesmo distante do show business, Bardot seguia atenta aos debates públicos. Sobre o feminismo contemporâneo, manteve o tom provocador que marcou sua trajetória: disse que o movimento “não era sua praia” e acrescentou que sempre gostou de homens, citando seus casamentos com Roger Vadim, Jacques Charrier e Gunter Sachs, além da união atual com Bernard d’Ormale.