
Concurso da Câmara: vereador denunciou colegas, voltou atrás e tentou justificar o erro injustificável

Não foi à toa que ontem, 23, durante a sessão solene que empossou os dezessetes (17) novos servidores da Câmara de Maceió, o vereador Marcelo Palmeira (PL) denunciou que houve ‘interferências políticas’ durante o certame no qual revelou que também sofreu “pressões” para ‘aprovar nomes’ no concurso da Casa em 2023.
Sem citar nomes, óbvio, o coordenador do concurso público da Câmara de Maceió expôs que colegas da legislatura passada pediram para que cada um dos edis, entre os 25 vereadores, indicasse o nome para aprovação no certame.
Palmeira se referiu – ainda – em dizer que no ‘nordeste os concursos são vistos como arrumadinhos’. Além disso, reforçou que recebeu – à época – até visitas de vereadores, pedidos de amigos e propostas indecentes que se tornaram até ‘caso de polícia’.
“As casas legislativas, no nordeste, são vistas como concursos arrumadinhos. Concursos que passam o irmão do presidente, o cunhado do vereador, o primo do prefeito…. Eram 25 vereadores [na legislatura passada], agora são 27. Recebi visitas de vereadores, na minha casa, pedindo uma vaga. Propostas de amigos querendo acesso ao certame e a prova. Propostas indecentes de virar caso de polícia”, denunciou o vereador.
Porém, após a repercussão negativa e os questionamentos colocando até em xeque o resultado do concurso da Câmara de Maceió, o vereador voltou atrás nesta quinta-feira, 24, tentou amenizar o discurso feito no dia anterior, no entanto, apontou uma situação que precisaria ser explicada com mais clareza.
Afinal, os aprovados foram empossados na tarde de ontem, 23, mas um grupo que participou do concurso compareceu ao plenário da Casa de Mário Guimarães para ouvir as explicações – mais claras – das denúncias feitas publicamente.
Tanto que Marcelo Palmeira leu uma nota para desfazer o que disse na sessão solene e reverter a situação com um justificativa – até então não mais plausível – depois de afirmar que houve ‘interferências políticas’ durante o certame em 2023.
“Reconheço que me referi aos questionamentos, como coordenador do certame, que me questionavam sobre a lisura do mesmo. É importante destacar que não houve nenhum pedido de vereador para que fosse feito algum favorecimento. Apenas questionamentos se realmente seria um certame sério. E acredito que conseguimos dar a melhor resposta possível, pois foram aprovados os mais preparados que estão aqui [na Câmara]”, disse Marcelo Palmeira em nota lida no plenário da Câmara de Maceió.
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