O silêncio que dói mais que a verdade

14/03/2025 03h03
O silêncio que dói mais que a verdade

Sabe... tem dias em que a gente acorda com esperança.
Na quarta foi um desses dias. Muita gente acordou esperando que, enfim, a verdade viesse à tona.
Que os vereadores de Palmeira dos Índios — que foram eleitos com o voto de cada um de nós — tomassem coragem de olhar para o povo e dizer: "Estamos aqui para fiscalizar, para defender o dinheiro público, para garantir o direito de todos."


Mas o que a gente viu?
A gente viu o contrário.
A gente viu o medo. A gente viu o jogo de interesses.
A gente viu um silêncio que grita mais alto do que qualquer discurso.

Nos bastidores, falavam numa Comissão Especial de Inquérito, uma CEI.
Uma CEI que poderia investigar as denúncias graves que pairam sobre a Prefeitura.
Denúncias que o povo comenta em toda esquina:

Falta de remédios,
Falta de médicos,
Obras que não terminam,
Contratos milionários que ninguém entende direito.

E o povo, que vive essa realidade todos os dias, esperava por uma resposta.

Mas aí, caro leitor... bastou uma reunião a portas fechadas, longe dos olhares da população, com o secretário de Governo.
E, de repente, a coragem sumiu.
A CEI, que parecia certa, virou fumaça.
Como mágica. Como quem apaga a luz pra ninguém ver o que tá acontecendo.

E nos corredores da política, o que se escuta?
Escuta-se que um acordo por cargos e secretarias está sendo costurado.
E, por conta disso, a investigação ficou na gaveta.
Na gaveta do esquecimento, junto com a esperança do povo.

Agora, me diga, caro leitor:
Cadê a coragem? Cadê o compromisso com quem tá lá fora sofrendo?

Porque enquanto eles fazem acordos,
tem mãe chorando na porta da UPA sem conseguir atendimento pro filho.
Tem idoso esperando meses por um exame que nunca é marcado.
Tem gente morrendo sem diagnóstico, porque a saúde tá um caos.

E enquanto o povo espera na fila do hospital,
tem gente na fila por cargo, por secretaria, por poder.

E sabe o que é mais revoltante?
É ver que, quando a gente pensa que vai haver uma luz,
que vai haver investigação, apuração, justiça…
vem o silêncio.
Um silêncio que pesa, que machuca, que revolta.

E a sessão da Câmara, que prometia ser uma sessão histórica,
virou um teatro de "paz e amor".
Mas, olha, leitor, essa paz tem preço. E quem tá pagando é o povo!

Por isso, eu te pergunto agora, olhando no seu coração:
Você vai aceitar isso?
Vai aceitar esse silêncio comprado?
Ou vai cobrar o vereador que você elegeu?

Porque na hora de pedir voto, todos prometem coragem, prometem lutar pelo povo.
Mas na hora de agir... se calam.

Você lembra em quem votou pra vereador?
Pois tá na hora de lembrar e perguntar:
"Por que você não lutou pelo povo? Por que engavetou a investigação?"

Se eles não têm coragem, nós temos.
Se eles não perguntam, nós vamos perguntar.
Se eles se escondem atrás do silêncio, nós vamos falar.

Palmeira dos Índios precisa de vereadores com coragem,
vereadores que não tenham medo da verdade,
que não troquem o interesse do povo por acordos políticos.

A gente não pode mais aceitar que a cidade vire moeda de troca.
Que a saúde do povo seja usada em troca de secretaria,
em troca de cargo,
em troca de vantagem.

E olha, caro leitor, isso não é política. Isso é covardia.

Então, hoje, eu te convido a refletir e a agir.
Marque o seu vereador nas redes sociais, pergunte, cobre.
Use sua voz, porque a cidade é sua.
Não é de uma dúzia que se reúne em gabinetes fechados.

Palmeira dos Índios merece respeito.
Merece decência.
Merece verdade.

E se a Câmara não quer falar,
a voz do povo vai ecoar ainda mais forte.

Fica aqui minha palavra, minha indignação,
e, principalmente, o meu convite:
vamos juntos cobrar o que é nosso por direito!

Porque quem cala diante da injustiça, concorda com ela.
E o povo de Palmeira dos Índios não vai se calar!
Fica aqui, caro leitor, a reflexão, a indignação e o convite:
Vamos cobrar. Vamos perguntar. Vamos deixar claro que Palmeira não vai se calar.

Porque se eles silenciam, o povo precisa gritar.