
O uso de câmeras corporais pelas guardas municipais

Hoje, quero falar com vocês sobre algo que pode — e deve — ser uma realidade em nossa cidade: o uso de câmeras corporais pelos agentes da Guarda Municipal de Palmeira dos Índios.
A gente acompanha, todos os dias, as dificuldades enfrentadas pela nossa Guarda. Uma Guarda que trabalha na rua, na linha de frente, cuidando do trânsito, protegendo praças, escolas, eventos, e atendendo, muitas vezes, situações delicadas, de risco, de conflito.
Mas também é verdade que, em muitas dessas situações, surgem depois as polêmicas, as discussões... "Ah, o guarda agiu certo!", "Não, o guarda exagerou!", "Foi abuso de poder!" ou, ao contrário, "Foi falta de ação!". E aí, fica a palavra de um contra o outro, e ninguém sabe, de fato, o que aconteceu.
Pois é. E é aí que entra a importância das câmeras corporais. Essas pequenas câmeras, que ficam acopladas ao uniforme do agente, registram em tempo real tudo o que acontece durante o serviço, da abordagem mais simples à ocorrência mais complexa.
Mas por que isso é importante?
Primeiro, porque protege o cidadão. Sim, o cidadão precisa saber que, ao ser abordado pela Guarda, a ação está sendo gravada, monitorada, acompanhada. Isso evita abusos, evita que o poder que o agente tem na rua seja usado de maneira errada, e garante ao povo o direito de ser tratado com respeito e dignidade.
Mas, ao mesmo tempo — e aqui eu quero chamar a atenção de todos os leitores —, protege o próprio guarda municipal. Porque, em muitos casos, o agente está apenas cumprindo o seu dever, mas depois é acusado injustamente. Como ele vai provar que não cometeu abuso, que agiu corretamente, que estava apenas defendendo a ordem pública? Sem uma câmera, fica difícil. E a gente sabe: a palavra do agente, muitas vezes, é contestada.
Então, as câmeras corporais seriam um escudo para o bom profissional, para aquele guarda que sai de casa, muitas vezes deixando a família preocupada, para servir à população.
Além disso, o uso de câmeras corporais aumenta a confiança da população na Guarda Municipal, porque o povo sabe que, com a gravação, a verdade vai aparecer. Se o guarda agiu bem, será visto. Se exagerou, também será visto.
E olha que curioso: em cidades que já adotaram as câmeras corporais, o número de conflitos e denúncias diminuiu. Por quê? Porque tanto o cidadão quanto o agente sabem que estão sendo gravados. Ou seja, a câmera traz segurança, paz e justiça.
Agora, eu pergunto: por que Palmeira dos Índios ainda não tem isso? Por que a Câmara de Vereadores ainda não aprovou uma lei obrigando o uso das câmeras?
Essa é uma pauta urgente! Uma pauta que interessa a toda a cidade.
Por isso, fica aqui um apelo à nossa Câmara de Vereadores: que tal apresentar um projeto de lei que torne obrigatório o uso das câmeras corporais pelos agentes da Guarda Municipal?
É uma medida que moderniza o serviço público, protege o cidadão, e valoriza o servidor que está na rua, muitas vezes exposto ao perigo, e que precisa de respaldo para trabalhar com tranquilidade.
E mais: não podemos esquecer que isso é uma política de prevenção, que evita problemas, reduz processos, reduz confusões, e melhora o relacionamento entre a Guarda e a população.
Então, fica a sugestão: vamos avançar, Palmeira dos Índios! Vamos mostrar que aqui se faz segurança pública com respeito, transparência e justiça.
A tecnologia está aí. A solução está à nossa porta. Basta ter vontade política para colocar em prática.
E você, amigo leitor, o que acha dessa ideia? Você se sentiria mais seguro sabendo que as ações da Guarda Municipal estão sendo gravadas, monitoradas e protegidas pela lei?
Pense nisso.