The Economist sugere indústrias. Que ironia!
Em matéria da maior revista econômica do mundo, tradicionalmente liberal, foi apontado que as commodities terão um boom econômico no futuro próximo — fator que beneficia o Brasil e países exportadores de matéria-prima. Também foi dito que, para um país se tornar rico, deve-se fomentar a indústria e a inovação.
Que ironia!
O Estado de Alagoas possui vasto potencial de crescimento econômico, e o seguimento turístico é somente uma fração do quão o Estado pode crescer. Alagoas possui condições para se tornar uma potência industrial no Nordeste, no entanto, não é algo que interessa à política local: indústria gera emprego e renda, o que contribui para uma melhor educação e, por fim, a redução da subserviência e do ‘novo voto de cabresto’.
Um exemplo de Estado que se transformou, através do incentivo à indústria, foi o Amazonas. Antes da Zona Franca de Manaus, o Estado era abandonado, sem perspectiva alguma de crescimento. Após a criação da ZFM, a capital Manaus se tornou uma das maiores do país, ocupando a 5ª posição na lista do PIB per capita entre as capitais, ficando atrás somente de grandes centros: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
Afinal, o que fez Manaus se tornar uma das capitais mais ricas? A resposta é fácil: Redução (ou eliminação) de impostos. Mas, por quê Alagoas não quer o seu povo livre, com emprego e renda? A frase de Robespierre responde: “O segredo da liberdade está em educar as pessoas, enquanto o segredo da tirania é mantê-las na ignorância”. Através do emprego e da renda é possível ter melhores escolas e uma melhor qualidade de vida para as futuras gerações.
Infelizmente, nada é feito pelo Governo do Estado, que não busca incentivar a indústria senão para favorecer a nobreza amiga da Corte do Palácio dos Palmares e seus Reis, Paulo Dantas, Renan Filho e Renan Calheiros. Alagoas tinha alguma possibilidade de crescimento quando governadores como Ronaldo Lessa e Teotônio Vilela eram eleitos: um estancou a sangria da dívida e o outro fomentou a indústria e o comércio. Após, o que resta é tão somente o comodismo e o luxo da cadeira de Governador.
É preciso pensar mais na população e consultar acadêmicos econômicos para pensar no povo de Alagoas de maneira séria e não somente a pensar em como fechar as contas do ano e na Lei Orçamentária. Qualquer acadêmico de economia sério entende: a redução de impostos atrai indústrias e empresas; a presença de indústrias e empresas gera urbanidade, emprego, renda e receita fazendária, pois produz um efeito reverso: ao baixar ou zerar as alíquotas, a economia aquece e se movimenta.
Resta ao povo alagoano o sonho — que está nas mãos dos políticos — de ter melhores oportunidades, melhores empregos e melhores escolas para seus filhos. Por enquanto, vida longa aos Reis do Palácio!