Quase dois anos após seu retorno à presidência, Lula amarga uma aprovação de 38%, com promessas que ainda não saíram do papel e uma realidade cada vez mais dura para o brasileiro comum. O que era para ser um governo focado na classe trabalhadora e nas pessoas mais pobres, ruiu diante de uma estratégia política que o transformou em refém do Congresso. Lula se entregou à Câmara dos Deputados, que hoje dita os rumos do país, e a promessa de um governo popular e democrático se desfez.

No palanque, Lula prometeu picanha e cerveja à mesa do povo, mas o que se vê é o contrário. A realidade do brasileiro é de um churrasco feito de mortadela, com a carne ainda inacessível para a maioria, o gás de cozinha subindo mês a mês e a cesta básica pesando no bolso do trabalhador. As promessas que inflamaram multidões durante a campanha foram substituídas por um governo que não consegue fazer mais do que mudar nomes de programas sociais já existentes, tentando maquiar a realidade com rótulos novos.

A classe empresarial, por sua vez, vive asfixiada pelos juros altos. O cidadão comum não consegue crédito, os pequenos negócios estão à beira do colapso, e a economia patina. Enquanto isso, Lula, cercado por sua cúpula de aliados deslumbrados no Palácio do Planalto, parece incapaz de enxergar o Brasil real, o Brasil que continua sofrendo à margem de suas políticas ineficazes.

O que era para ser um governo de mudança, tornou-se mais um capítulo do mesmo livro de frustrações. Prometeu-se um país mais justo, mais igualitário, e o que se vê são escândalos políticos, articulações para se manter no poder e uma crise econômica que não dá sinais de melhora. E o brasileiro? Continua comendo mortadela, vendo o sonho da picanha ficar cada vez mais distante.

No campo político, o governo Lula se entregou à base aliada, trocando cargos e favores para garantir sua sobrevivência. A Câmara dos Deputados, que deveria ser um espaço de negociação democrática, se tornou o verdadeiro centro de poder, enquanto Lula assiste impotente. E assim, o governo que prometia transformar o Brasil para os mais pobres, agora se vê preso em sua própria armadilha.

E a grande pergunta que fica é: ainda há esperança? Será que Lula conseguirá retomar o rumo que prometeu? O povo brasileiro, já calejado por tantas decepções, ainda carrega a esperança de que algo mude, mas a paciência se esgota. As mentiras e promessas vazias têm prazo de validade, e o tempo está correndo. Lula precisa mudar, e rápido, ou verá seu governo afundar ainda mais na descrença popular.

A realidade fora das redes sociais e dos discursos bem ensaiados é amarga. O conto de fadas que o PT tenta vender, de um Brasil próspero e democrático, não passa de uma ilusão para quem ocupa os corredores do Planalto. O Brasil de verdade, o Brasil do trabalhador, do pequeno empresário, do agricultor, esse vive um pesadelo de inflação, juros altos e falta de perspectivas. A cada dia que passa, a distância entre as promessas e a realidade fica maior.