O que é mais valioso do que a verdade?
Vamos falar sem rodeios, sem meias palavras, sem eufemismos. O que vale mais? Uma praça com um jardim, com bancos semelhantes a ovos de dinossauros bem pintados, ou o remédio que falta na prateleira da farmácia pública? O que vale mais? Uma rua asfaltada de ponta a ponta, ou a certeza de que seu filho está comendo uma merenda decente na escola? Chegou a hora de sermos radicais na reflexão, de pararmos de aceitar migalhas enquanto a realidade que importa se desmorona ao nosso redor.
Estamos sendo enganados, meus amigos. Sim, enganados. Não se trata apenas de uma administração pública ineficiente; trata-se de uma manipulação consciente, uma maquiagem grotesca que tenta esconder o que realmente importa. Nos vendem obras de fachada como se fossem a solução para todos os nossos problemas, enquanto a saúde e a educação, as verdadeiras bases de uma sociedade justa e próspera, são deixadas de lado, desprezadas, jogadas ao relento.
Essa gestão de aparências, essa administração que prefere construir castelos de areia em vez de cuidar do que realmente faz uma cidade funcionar, é uma afronta a todos nós. E nós? Continuamos aplaudindo, seguimos comprando essa ilusão barata, porque é mais fácil acreditar que a cidade está progredindo quando vemos uma nova praça ou uma rua pavimentada. Mas, novamente, eu pergunto: o que vale mais?
Vale mais a ilusão de que estamos em uma cidade moderna e bem-cuidada, ou a verdade crua de que nossos serviços essenciais estão em colapso? Vale mais ter um jardim florido para passear, ou garantir que sua família tenha acesso a um sistema de saúde que funcione, que esteja lá quando você mais precisar?
Não podemos mais aceitar que a maquiagem esconda a podridão. Não podemos mais permitir que a pintura nova de uma escola nos faça esquecer que dentro dela faltam professores, materiais e, principalmente, um compromisso com a educação de qualidade. Não podemos nos contentar com o asfalto liso que cobre a negligência em garantir que todos tenham acesso a saneamento básico, a uma alimentação decente, a dignidade.
O que vale mais? Vale mais a verdade, por mais dura que seja. Vale mais encarar os problemas de frente e exigir soluções reais, não paliativos, não maquiagem, não ilusão. Vale mais o futuro dos nossos filhos, a saúde dos nossos idosos, a dignidade do nosso povo. E essa verdade, por mais incômoda que seja, precisa ser dita, precisa ser ouvida, e principalmente, precisa ser enfrentada.
Que essa reflexão radical nos leve à ação. Que não nos contentemos mais com migalhas, com fachadas, com promessas vazias. O que vale mais? Tudo aquilo que realmente faz diferença na vida das pessoas. E é por isso que precisamos lutar.