E aí? você votaria?

24/07/2024 01h01 - Atualizado em 24/07/2024 14h02
E aí? você votaria?


Em Palmeira dos Índios, estamos diante de uma encruzilhada, de um dilema. Nossa cidade, com seus 73 mil habitantes, merece um futuro de progresso e desenvolvimento. Mas como podemos garantir isso se considerarmos entregar o comando a alguém que não tem a mínima noção do que é gestão pública?

Imagine um cenário onde um piloto de avião é substituído por alguém que nunca entrou em uma cabine de comando. Ou um cirurgião que, sem jamais ter estudado medicina, é encarregado de uma operação de coração aberto. Isso parece um absurdo, não é? No entanto, é exatamente essa insensatez que muitos de nós consideram aceitável quando se trata da administração pública.

Administrar uma cidade é uma tarefa monumental. Requer conhecimento, experiência, visão estratégica e, acima de tudo, responsabilidade. Não é um jogo de azar onde podemos nos dar ao luxo de apostas arriscadas. É o bem-estar de 73 mil pessoas que está em jogo. São vidas que dependem de serviços públicos eficientes, de uma infraestrutura sólida, de uma educação de qualidade e de uma saúde pública eficaz.

Há quem diga que governar é simples, que basta boa vontade. Mas a boa vontade sem conhecimento é como um carro sem combustível: não vai a lugar algum. A gestão pública envolve compreender legislações complexas, equilibrar orçamentos, planejar a longo prazo e lidar com crises inesperadas. É preciso conhecer os mecanismos que fazem a máquina pública funcionar, desde a arrecadação de impostos até a execução de projetos sociais.

Quando alguém sem experiência ou conhecimento assume uma posição de liderança, as consequências são previsíveis e devastadoras. Projetos paralisados, orçamento mal administrado, corrupção, e um ciclo vicioso de ineficiência que só prejudica os cidadãos. Vimos isso repetidamente em diversas localidades, onde a inépcia dos líderes transforma promessas de progresso em realidades de estagnação.

A experiência ou formação não é apenas desejável; é essencial. Um gestor público deve ter um histórico de serviços prestados, uma compreensão clara das políticas públicas e uma habilidade comprovada em resolver problemas complexos. Deve saber como negociar com diferentes esferas do governo, entender as necessidades da população e, acima de tudo, ter um compromisso inabalável com a transparência e a ética.

Imagine, então, a nossa Palmeira dos Índios, com seus 73 mil habitantes, sob a administração de uma pessoa que tem a qualificação apenas de tia de prefeito. Alguém que teve raros contatos com os desafios da gestão pública e os que teve sob sua liderança foi um fracasso. Que o diga o governo Federal e o triste índice de analfabetismo. Alguém que não sabe a diferença entre um orçamento participativo e um PPA (Plano Plurianual). Alguém que acha que governar é simplesmente assinar papéis a mando do sobrinho e fazer discursos vazios, ensaiados exaustivamente para câmeras e profissionais que farão a edição do vídeo para saírem certinhos.

Esse cenário não é apenas um risco; é um desastre anunciado. É a garantia de que nossa cidade ficará à deriva, perdida em um mar de incompetência e descaso. É a certeza de que problemas básicos, como saneamento, segurança e educação, serão tratados com superficialidade, sem soluções concretas e eficazes.

Portanto, cabe a nós, eleitores, impedir que isso aconteça. Temos a responsabilidade de escolher com discernimento, de avaliar a competência e a experiência dos candidatos. Não podemos nos deixar levar por promessas vazias ou empregos e benesses temporárias. Devemos exigir transparência, compromisso e, acima de tudo, capacidade.

Palmeira dos Índios merece mais do que uma pessoa leiga no comando. Merece uma liderança preparada, com uma visão clara e um plano concreto para o futuro. Porque, no final das contas, o destino de nossa cidade está em nossas mãos. E escolher bem não é apenas um direito; é um dever cívico que devemos cumprir com seriedade e responsabilidade.