Governo de vitrine: a realidade de Palmeira dos Índios
Palmeira dos Índios, uma cidade com uma história rica e uma população acolhedora, está vivendo um paradoxo. De um lado, temos algumas praças reformadas (mas sem manutenção), ruas enfeitadas, e um aparente cenário de progresso. Do outro, uma realidade alarmante que emerge da saúde e da educação, revelando a face oculta de uma administração preocupantemente deficiente.
Recentemente, me deparei com dois flagrantes que ilustram o estado de calamidade da saúde pública em nossa cidade. Na semana passada, encontrei uma ambulância parada há meses numa oficina no bairro de Palmeira de Fora. Estacionada na calçada, coberta de poeira, uma imagem clara de abandono e negligência. Se não bastasse, em um outro momento, vi pelas redes sociais servidores municipais empurrando uma ambulância em pleno serviço, uma cena digna de um filme tragicômico. A falta de manutenção desses veículos, que deveriam estar salvando vidas, é um reflexo cruel da gestão atual.
Na educação, os números são ainda mais desanimadores. Palmeira dos Índios amarga índices baixíssimos no ranking da alfabetização, ocupando os últimos lugares entre os 102 municípios de Alagoas. Nossas crianças, que deveriam estar construindo o futuro da cidade, estão sendo deixadas para trás. O prefeito, que deveria ser o líder a reverter essa situação, permanece em silêncio, inclusive sobre outro caso gritante - os 100 milhões da CASAL, cuja aplicação é um mistério. Além disso, a cidade enfrenta uma multa de R$19 milhões da Receita Federal, uma penalidade que pesa diretamente sobre os cofres públicos e, consequentemente, sobre os cidadãos.
Para piorar, o prefeito insiste na indicação de uma tia-professora para sucedê-lo. Ela claramente incapaz de administrar um município com 70 mil habitantes. A falta de competência na liderança educacional contribuiu para a perpetuação de um ciclo de negligência e abandono. Como esperar uma melhora nos índices educacionais com uma gestão assim?
É revoltante ver uma cidade como Palmeira dos Índios, com tanto potencial, ser tratada como uma mera vitrine. O brilho superficial dessas poucas praças reformadas não consegue ofuscar a agonia de quem depende do sistema de saúde e da educação. O prefeito deve respostas, deve transparência, deve ação. Enquanto a administração finge progresso, a realidade crua e dolorosa está à vista de todos, nas ambulâncias quebradas, nas escolas em decadência, e nos cidadãos que sofrem as consequências dessa gestão desastrosa.
Palmeira dos Índios merece mais do que um governo de fachada. Merece uma administração que se preocupe de verdade com o bem-estar de sua população, que invista nos setores mais cruciais e que trate com seriedade os problemas urgentes que afetam a todos nós. A esperança é que a voz do povo, cada vez mais consciente e ativa, possa exigir e provocar as mudanças necessárias. Até lá, seguimos lutando, observando e, principalmente, cobrando.
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Com isso, esperamos que a verdade sobre a administração de Palmeira dos Índios venha à tona, e que os responsáveis sejam chamados a prestar contas. A cidade e seu povo não podem mais ser enganados por uma aparência que esconde uma realidade tão sombria e desoladora.