COTA DE GÊNERO: A importância da mulher na política

19/01/2024 09h09


Recentemente um site de notícias aqui de Alagoas divulgou que o Tribunal Regional Eleitoral, daqui do nosso Estado, julgou 34 dos 37 processos envolvendo supostas fraudes à cota de gênero das eleições de 2020.

Como cabe recursos da decisão da primeira instância, cerca de 15 processos já tramitam no TSE e seguem esperando decisão da corte superior.

Mas o que todos esses casos revelam? Revelam que o processo eleitoral relativo à participação de mulheres está equivocado, a cota de gênero é um problema a ser urgentemente resolvido, sob pena de cada vez mais os partidos políticos serem acusados de promoverem candidaturas laranjas.

A politica precisa sim que cada vez mais mulheres participem, mas o que não dá, e essa enxurrada de processos é um exemplo disso, é a imposição de um número mínimo de mulheres na composição das chapas.

Isso engessa os partidos e, ao fim e ao cabo, abre espaço para interpretações equivocadas. Não acredito que os partidos coloquem mulheres como candidatas laranjas apenas para preencherem a cota.

Veja um exemplo do que acontece atualmente: um candidato homem pode participar de uma eleição e não obter um voto sequer, para a legislação não haverá sanções, ele não será considerado um candidato laranja, mas se isso acontecer envolvendo uma candidata, o partido sofrerá sanções e responderá no Tribunal Eleitoral.

Tá errado, as mulheres precisam entrar na política pela porta da frente e não para poder preencher uma cota instituída de cima para baixo. Se assim continuar será cada vez maior o número de processos condenando partidos políticos por fraude à cota de gênero.

Precisamos de cursos de formação, capacitação voltados para a participação feminina na política. E neste sentido, o Solidariedade é exemplo de como deve ser feito. Nós oferecemos um curso de formação exclusivo para fomentar a criação de lideranças femininas que possam fazer a diferença politicamente.

Esse é o caminho, fomentar, capacitar, formar quadros políticos femininos para que elas, as mulheres, disputem as eleições em igualdade de condições.