Fazer baixaria com dinheiro da Caixa, NÃO PODE!
Quem me conhece sabe do meu zelo a democracia e a defesa da liberdade de expressão, mas um episódio que aconteceu esta semana chamou a atenção de todos.
A exposição traz em uma de suas obras, a imagem do que parece ser uma colagem do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur lira, da senadora Damares Alves e do ex-ministro da economia, Paulo Guedes, todos enfiados em uma lata de lixo nas cores da bandeira brasileira.
Em outra obra, vimos a imagem do ex-presidente, Jair Bolsonaro, defecando na bandeira do Brasil. A exposição ficaria em cartaz de 17 de outubro até 17 de dezembro e foi contemplada em edital para receber 250 mil reais. Até o momento foram pagos 75 mil reais referentes a primeira parcela da cota de patrocínio.
Após a repercussão negativa na mídia, a Caixa Econômica Federal decidiu suspender a exposição O Grito, por identificar viés político-partidário. Mas aí o estrago já estava feito. Há quem diga que a exposição, de muito mal gosto, por sinal, custou a cabeça da competente Rita Serrano da presidência da Caixa.
É preciso deixar claro que estamos em um momento importante para o país no qual devemos buscar a pacificação dos ânimos, buscarmos o entendimento entre as mais variadas correntes políticas. O próprio lema do terceiro governo Lula é: União e Reconstrução; então é isso que o governo deve buscar e episódios como esse em nada ajudam neste intento.
Que a artista ou o coletivo de artistas busquem recursos próprios ou patrocínio privado para financiar esse tipo de arte. O que não dá para continuar é o desperdício do dinheiro público em obras, mostras de caráter artístico duvidoso.
Independentemente de quem é de direita ou esquerda essa exposição bancada com dinheiro da caixa econômica não pode acontecer para achincalhar quem quer que seja e que o dinheiro já pago seja devolvido aos cofres públicos.