Conflito entre Israel e Gaza
Nos últimos dias a tensão cresceu e atingiu níveis sem precedentes na história. Até o momento, foram registrados mais de 1,2 mil mortos em Israel e em Gaza.
Para entendermos o conflito é preciso voltarmos na história. A Palestina, região entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, é considerada Terra Santa pelos três povos que habitam historicamente a região: judeus, cristãos e muçulmanos.
Pela região passou personagens históricos importantes como Abraão, Moisés, Jesus e Maomé. Os principais nomes das religiões mais difundidas pelo mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Até a Primeira Guerra Mundial, a região era ocupada por árabes e outras comunidades muçulmanas.
Após a primeira guerra e a desintegração do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido recebeu um mandato da Liga das Nações para administrar o território da Palestina.
Mas, antes e durante a guerra, os britânicos fizeram várias promessas aos árabes e judeus que mais tarde não foram cumpridas — porque o Reino Unido já tinha dividido o Médio Oriente com a França.
Isto causou um clima de tensão entre nacionalistas árabes e sionistas que levou a confrontos entre paramilitares judeus e grupos árabes. Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a pressão para estabelecer um Estado judeu aumentou.
O plano original contemplava a divisão do território controlado pela potência europeia entre judeus e palestinos, mas o que aconteceu na prática foi a criação apenas do Estado de Israel.
O atraso na implementação de um Estado Palestino independente, a construção de colônias israelenses na Cisjordânia e a barreira de segurança em torno desse território complicaram o processo de paz.
E as consequências desse imbróglio jurídico, diplomático vivenciamos até os dias atuais. Enquanto não houver também a criação de um Estado Palestino, os conflitos na região não cessarão.