Outro dia, um bate papo com uma pessoa querida, me despertou o tema: onde achar a tal felicidade?

O pensamento veio nas pessoas que nesse mundo agitado vivem suas rotinas, com sorrisos e preocupações entrelaçadas, como se fossem tecidos de emoções coloridas, e que raramente a descobre.

No entanto, é da natureza humana, cada um de nós buscar a sua própria felicidade, mesmo que inconscientemente e mesmo que nem sempre saibamos exatamente onde encontrá-la. Uns acreditam que ela está em uma grande casa, com jardins floridos, carros luxuosos e muito dinheiro no banco (ou debaixo do colchão); outros, em títulos e reconhecimentos; e alguns, ainda, buscam na companhia de outras pessoas.

Uma lição contundente, que li em algum lugar é a do velho sábio que vivia em uma casinha modesta. Ele era conhecido por sempre sorrir, independentemente das circunstâncias. As pessoas se perguntavam qual era o segredo daquela alegria perene, mas ele nunca revelara ao certo. "A felicidade está em toda parte e em lugar nenhum", costumava dizer com um sorriso enigmático no rosto.

No livro, uma jovem que sentia um vazio no coração, um dia decidiu procura-lo em busca de respostas. 

Ela o encontrou sentado em frente à sua casinha, observando o movimento na praça: "Senhor, desculpe incomodá-lo, mas ouvi falar que o senhor sabe o segredo da felicidade. Poderia me ajudar a encontrar a minha?", perguntou, com um olhar esperançoso.

O velho olhou gentilmente para a jovem: "Minha querida, a felicidade é como uma borboleta: quanto mais você a persegue, mais ela escapa de suas mãos. Ela não está no que você possui ou conquista, mas sim na maneira como você vive cada momento."

A jovem ficou um pouco confusa com a resposta, mas decidiu ouvir atentamente o que ele tinha mais a dizer.

O velho continuou: "A felicidade está nas pequenas coisas: um sorriso sincero, um abraço apertado, um pôr do sol, o canto dos pássaros pela manhã. Ela está no amor que você dá e no amor que recebe, nas experiências que vivencia e nas lembranças que guarda".

"Mas como posso ser feliz quando tudo parece dar errado?", indagou a jovem, lembrando-se dos momentos difíceis que passara e das justificativas que necessitava mostrar à sociedade.

O velho olhou para ela com serenidade. "A felicidade também não é imune às adversidades, minha querida. Ela é como uma luz que brilha dentro de você, mesmo quando o mundo lá fora está escuro. Aprenda a aceitar as dificuldades como oportunidades de crescimento, e você verá que a felicidade, mesmo que abalada, permanecerá com você."

A jovem sentiu-se inspirada pelas palavras do sábio e decidiu começar a enxergar a vida de uma maneira mais leve. Ela passou a agradecer as pequenas alegrias do dia a dia, agradecer pelas bênçãos que tinha e, principalmente, cultivar o amor.

Com o tempo, a jovem sentiu que a felicidade que tanto buscava não era uma meta distante, mas sim um estado de espírito que poderia alcançar a cada instante. E, assim, descobriu que a verdadeira busca pela felicidade não estava em lugares externos ou em se mostrar ao mundo nas redes sociais como alguém vitoriosa, mas sim dentro de si mesmo.

A busca pela felicidade nada mais é do que uma jornada interior, uma caminhada de autodescoberta e de valorização das pequenas alegrias que tornam a vida tão especial.