Tragédia cíclica e negligência na gestão
Não é exagero afirmar que Maceió afunda nas águas da negligência, as chuvas intensas que têm assolado a região nos últimos meses transformaram as ruas em rios caudalosos, casas em verdadeiras ilhas isoladas e a população em reféns do descaso e da negligência das autoridades.
A população de Maceió clama por ações imediatas por parte das autoridades competentes. No entanto, o que se vê é uma triste e revoltante omissão. As promessas de investimento em infraestrutura são feitas a cada desastre, mas a realidade é que pouco ou nada é feito para prevenir e mitigar as consequências das chuvas.
A negligência das autoridades locais são uma afronta aos direitos básicos dos cidadãos.
O sofrimento da população é evidência clara de uma gestão ineficiente e insensível às necessidades dos mais vulneráveis. É preciso que a sociedade como um todo se una e exija mudanças imediatas.
Mas o pior é que esta situação não é exclusividade de Maceió, as cidades do interior também repetem o modelo do desastre adotado na capital. É preciso que as autoridades se comprometam em resolver, de uma vez por todas, essa questão. Não é preciso inventar a roda, as soluções existem, vejamos:
É fundamental investir na construção e manutenção adequada do sistema de drenagem urbana. A ampliação e modernização das redes de escoamento de água pluvial, com canais, galerias e bueiros dimensionados corretamente, ajudam a evitar o acúmulo de água nas ruas.
O mapeamento de áreas de inundação e a proibição de construções em regiões vulneráveis são medidas preventivas essenciais. Além disso, é necessário garantir o acesso à moradia digna para a população de baixa renda, evitando sua ocupação em áreas de risco.
A preservação e recuperação de áreas verdes, como matas ciliares, nascentes e manguezais, são cruciais para a manutenção do equilíbrio hidrológico. Essas áreas atuam como esponjas naturais, absorvendo e armazenando a água da chuva, reduzindo o escoamento superficial e prevenindo enchentes.
Campanhas de conscientização devem ser realizadas, destacando a responsabilidade individual na preservação do meio ambiente e na prevenção de enchentes. A população precisa estar engajada e adotar práticas sustentáveis no dia a dia.
Não podemos mais permitir que a chuva, que deveria ser uma bênção, se torne um pesadelo constante. Existe uma máxima na política que diz o seguinte: Governar é eleger prioridades.