Arthur Lira e Renan Calheiros farão parte da comitiva de Lula à China
Assentos do voo ainda não forma definidos
O Planalto teme um climão entre dois inimigos que embarcarão no avião de Lula rumo à China semana que vem. Isso porque Renan Calheiros e Arthur Lira informaram à Presidência da República que pretendem acompanhar o petista.
Primeiro, Renan solicitou presença no voo, na condição de presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Poucos dias depois, foi a vez de o presidente da Câmara, Arthur Lira, formalizar a intenção de acompanhar Lula.
Nos corredores da Presidência da República, comenta-se que o chefe da Câmara decidiu embarcar após descobrir a ida do arqui-inimigo. O convite a Lira, contudo, foi feito por Lula em jantar antecipado pela coluna na semana passada.
Atualmente, há deputados e senadores governistas que acreditam que Lula erra ao dar superpoderes a Arthur Lira. Essa ala é representada por parlamentares como Lindbergh Farias e, justamente, Renan Calheiros.
Além do temor de um climão no voo da FAB que partirá rumo à China, o Planalto pisa em ovos para organizar os assentos dos passageiros. Quem terá uma cadeira mais próxima de Lula? Renan, que solicitou a viagem primeiro e tem histórico de apoio ao petista, ou Lira, pela posição estratégica que ocupa?
A posição dos assentos ainda não foi decidida e pode gerar um beiço imenso em algum dos políticos alagoanos. No ano passado, no auge da troca de ofensas, Renan chamou Lira de “delinquente”. Este, por sua vez, chamou o inimigo de “psicopata”.