Falta alguém na Papuda
Durante a pandemia de Covid-19, a vacinação em massa tinha sido uma das principais ferramentas para conter a disseminação do vírus e reduzir o número de mortes causadas pela doença. No entanto, desde o início da crise sanitária, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vinha adotando uma postura negacionista em relação à vacinação, o que foi criticado por especialistas e pela população em geral.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro vinha minimizando a gravidade da doença, desencorajando o uso de máscaras e promovendo tratamentos sem eficácia comprovada, como a hidroxicloroquina. Além disso, ele tinha sido um dos principais opositores à vacinação, chegando a questionar publicamente a segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19.
A postura negacionista do ex-presidente causou graves consequências para a saúde pública do país. O Brasil foi um dos países com o maior número de mortes causadas pela Covid-19, e a vacinação em massa era uma das principais ferramentas para reduzir o número de casos e mortes.
Além disso, a postura de Bolsonaro em relação à vacinação gerou desconfiança e hesitação entre a população em relação às vacinas, o que dificultou a campanha de vacinação e prolongou a pandemia. Isso foi grave, já que o Brasil era um país que tinha um histórico de sucesso em campanhas de vacinação em massa.
Diante da situação, muitos especialistas criticaram a postura de Bolsonaro em relação à vacinação, afirmando que ela era irresponsável e colocou a saúde e a vida da população em risco.
Não resta dúvida da culpabilidade de Jair Bolsonaro durante a condução do país na pandemia. O ex-presidente agravou a situação de muitos brasileiros que sofreram diante do terrível vírus. O próprio ex-presidente admitiu ter dado uma “aloprada” em algumas declarações que deu durante a pandemia. Foi o mais perto que conseguiu chegar de um pedido de desculpas.
Porém, “aloprada” é uma palavra que não chega nem perto de definir o que ele fez com o povo brasileiro. A palavra certa é crime. Um crime que levou mais de 700 mil brasileiros à morte e não pode ser esquecido.
O Brasil foi o país onde morreu mais gente
O ex-presidente Bolsonaro gosta de fugir da sua responsabilidade dizendo que morreu gente em todo o mundo. O que ele não diz: das 20 principais economias do mundo, o Brasil foi, proporcionalmente, o lugar em que a Covid-19 mais matou.
Um gráfico que pode ser acessado no site Our World In Data mostra o número de mortos por Covid-19 em cada grupo de 1 milhão de habitantes. O Brasil apareceu em primeiro, com 3.195 mortes para cada milhão de pessoas. Nenhum outro país do G-20 teve um número tão alto. O Brasil, mesmo tendo menos de 3% da população mundial, registrou mais de 10% de todas as mortes por Covid-19 no mundo.
Bolsonaro empurrou os brasileiros à morte
E como o Brasil chegou a essa tragédia? Desde o começo, Bolsonaro ignorou o que as autoridades de saúde diziam (fossem seus próprios ministros da Saúde, fosse a OMS) e fez pouco caso da pandemia. Falou mal do isolamento social, tentou sabotar o lockdown feito por governadores e chamou a doença de gripezinha e resfriadinho, dizendo para a população sair de casa e enfrentar a doença “que nem homem”.
Enquanto as pessoas morriam, ele fazia piada
Quando as pessoas começaram a morrer, Bolsonaro, em vez de mudar de ideia, passou a fazer piadas. Chegou a imitar pessoas sentindo falta de ar e afinou a voz para imitar pacientes, dizendo “Ai, eu estou com Covid, estou com Covid”. Atrasou a vacinação e divulgou remédios sem efeito, além de fazer pouco caso da doença, Jair Bolsonaro dizia para as pessoas tomarem remédios que os cientistas provaram não funcionar contra o vírus. Chegou ao cúmulo de mandar cloroquina e não tubos de oxigênio para Manaus.
E pior: depois, descobriu-se que, enquanto fazia isso, ele dizia não para as vacinas que eram oferecidas ao Brasil, adiando a proteção das pessoas e deixando de salvar, certamente, milhares de vidas.
Uma máfia das vacinas tentava agir no Ministério da Saúde
A história ficou ainda mais escabrosa quando a CPI da Covid começou suas investigações. O governo Bolsonaro dizia não para ofertas sérias de vacina, mas, às escondidas, tentava comprar doses superfaturadas e com propina. E o povo brasileiro morrendo aos milhares por dia.
Bolsonaro traiu o país e seu povo
Os números do gráfico do site Our World In Data comprovam que Bolsonaro foi o pior presidente do mundo durante a pandemia. Mas ele foi algo ainda pior: um traidor.
O que se espera de um líder durante uma crise tão séria? Que ele ouça ou ignore o que os especialistas no assunto estão dizendo? Que ele tome as medidas para proteger a vida das pessoas ou as estimule a correr riscos? Que ele faça de tudo para conseguir proteção o mais rápido possível ou que ele recuse a proteção?
Quando o Brasil e as famílias brasileiras foram atacadas por um vírus mortal, o presidente do país era Jair Bolsonaro. E, em vez de escolher proteger o seu povo, ele escolheu espalhar o vírus. Na CPI da Covid, foram apresentadas estimativas de que, se Bolsonaro agisse como deveria, 400 mil vidas poderiam ter sido salvas. 400 mil mães, pais, avós, filhas, filhos. 400 mil brasileiras e brasileiros. Crianças, adultos e idosos. Não podemos chamar isso simplesmente de “aloprada”. E não podemos esquecer. Ele precisa ser responsabilizado.