Finalmente, ‘Marighella’, de Wagner Moura, chega aos cinemas do Brasil. O lançamento da película chegou a ser adiado por dois anos. Agora, Wagner Moura está viajando o Brasil para falar sobre a obra que finalmente entra em cartaz no circuito nacional.

Para alegria da comunidade cinéfila alagoana, hoje (1) e amanhã (2), às 19h30, em Maceió, o cinema do Centro Cultural Arte Pajuçara, terá o privilégio de receber a pré-estreia do longa que marca a estreia de Wagner Moura como diretor.

A estreia do filme no circuito será no dia 4 de novembro, a data marca 52 anos do assassinato de Carlos Marighella (1911-1969) pela ditadura militar brasileira, em 1969. O filme fará seu lançamento no Brasil depois de passar por festivais em cidades como Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas, Estocolmo e Cairo, entre cerca de 30 exibições em países dos cinco continentes.

O filme “Marighella” é inspirado no livro “Marighella – O Guerreiro que incendiou o mundo”, do jornalista e escritor Mario Magalhães, o longa de Wagner Moura narra os últimos anos do ativista baiano Carlos Marighella.

O elenco renomado conta com Seu Jorge no papel principal, Bruno Gagliasso, Luiz Carlos Vasconcellos, Herson Capri, Humberto Carrão, Adriana Esteves, Bella Camero, Maria Marighella, Ana Paula Bouzas, Carla Ribas e Jorge Paz.

Pré-estreia do Cine Arte:

As sessões acontecem seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção da disseminação do coronavírus, com o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social.

Os ingressos estão disponíveis para compra somente na bilheteria do Cine Arte. Todas as sessões estão obedecendo ao limite sanitário vigente. Ou seja, apenas 75% do total de poltronas estão disponíveis ao público.

Lembrando que os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Possuem direito ao benefício: estudantes, professores, pessoas acima de 60 anos, jornalistas, radialistas, portadores de carteirinha SESI ou SENAI, funcionários da FAPEAL e pessoas com deficiência.

“O nosso filme incomoda aos amantes da ditadura militar, sem dúvidas houve censura, somos um país governado hoje por gente saudosista da ditadura, que insufla sua militância a ir às ruas pedir a volta do AI-5, da ditadura, pra derrubar o Supremo, um governo de pessoas com características antidemocráticas. A polêmica toda com relação a Marighella se dá porque a gente vive hoje em um momento em que uma obra da cultura, uma obra artística é atacada pelo governo, pelo presidente, por seus filhos”, lembrou Moura.

“Eu penso que os legados das lutas sociais, eles vem de vitórias, de muitas conquistas, o que se convencionou a chamar de derrota é uma coisa que precisa ser reavaliada pela história. Olhando para história, Palmares foi derrotado, Canudos foi derrotado, os malês foram derrotados, a luta armada no Brasil foi derrotada, Marighella foi assassinado”, afirmou o diretor.