Mais respeito à memória de Rogério Teófilo
04/09/2020 10h10
Bernardino Souto Maior: Contaram-me, nesta manhã, que o senador Rodrigo Cunha, presidente estadual do PSDB de Alagoas, vai intervir no diretório municipal de Arapiraca, tirando do comando do partido Moacir Teófilo Neto. A motivação seria porque Moacir rejeitou a aliança proposta por Cunha para apoiar a reeleição da prefeita Fabiana Pessoa.
Moacir está correto, Fabiana virou inimiga política do pai dele, Rogério Teófilo. Foi a maior adversária de Rogério nos três anos e sete meses em que ele governou Arapiraca. Levar o partido que preside para o palanque de Fabiana, seria uma traição de Moacir e do próprio PSDB à memória de Rogério, tucano que ocupou lugar de honra na executiva estadual da legenda.
Ser presidente de um partido que tem em sua base a democracia, exige uma responsabilidade coletiva e não individual. Disseram-me que Rodrigo está fazendo acordos aqui e acolá para ser candidato a governador de Alagoas em 2022, e que apoiar Fabiana este ano estaria no bojo dessas conversações. Lamento profundamente, Rodrigo elegeu-se deputado e senador como o “novo” da política e esse tipo de prática de autoritarismo e individualismo é de uma velharia que até eu, na minha idade, quero esquecer.
É natural que se faça acordos políticos, que se tenha projetos futuros de poder, mas não passando pela memória e pela história das pessoas.
Moacir tem a minha solidariedade, desde já, caso seja destituído de fato da presidência dos tucanos de Arapiraca.