Jornalistas alagoanos se unem e fazem greve contra redução salarial de 40%
Mobilização começou na madrugada desta terça-feira, 25, em frente à sede da TV Gazeta, TV Pajuçara e TV Ponta Verde, empresas que querem desqualificar a profissão em Alagoas
[caption id="attachment_300576" align="aligncenter" width="740"] As empresas comandadas por políticos afirmam que mercado está em crise e o piso salarial de Alagoas é o mais alto do país / Foto: Divulgação[/caption]#ReduçãoSalarialNão Jornalistas alagoanos aderem em peso ao fato da mobilização que começou na madrugada desta terça-feira, 25, em frente à sede da TV Gazeta, TV Pajuçara e TV Ponta Verde.
As empresas citadas acima querem desqualificar a profissão de jornalista em Alagoas. O valor do atual piso salarial, que é de R$ 3.565,27, passaria a ser reduzido em 40%, o que chegaria em torno de R$ 2.100,00.
As empresas comandadas por políticos, a exemplo da TV Gazeta-Globo (senador Fernando Collor), Sistema Opinião de Comunicação (SBT e Grupo Hapvida) e TV Pajuçara-Record (ex-senador João Tenório), afirmam que mercado está em crise e o piso salarial de Alagoas é o mais alto do país.
O Sindicato dos Jornalistas tentou viabilizar diversas negociações com os empresários, mas os "donos da comunicação" em Alagoas não apresentaram nenhuma proposta que fosse favorável à categoria. Sem acordo, após audiência realizada no no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL), a categoria decidiu deflagrar greve.
Vários políticos, representantes de entidades e profissionais de outras áreas estão apoiando a causa.
Entre os políticos que compartilharam - recentemente - a imagem com a #ReduçãoSalarialNão, estão o deputado federal Paulão (PT), os deputados estaduais Davi Maia (DEM), Ângela Garrote (PP), Flávia Cavalcante (PRTB) e Davi Davino Filho (PP); além dos vereadores por Maceió: Silvânia Barbosa (PRTB), Galba Novaes Netto (MDB) e Lobão (PR).
Em nota, a OAB-Alagoas disse que o momento clama pela garantia da liberdade de imprensa e manifestação, bem como, pela valorização do jornalismo. Além disso, disse a OAB, que 'é preciso conferir dignidade e condições de trabalho a esses profissionais'.
"Em uma época onde as fake news tomam conta das redes sociais e o ódio é disseminado irresponsavelmente, é importante que os profissionais de comunicação apurem os fatos e abasteçam a sociedade com informações confiáveis. A OAB/AL conclama todos ao diálogo, jornalistas e empresas de comunicação, a fim de que sejam encontradas soluções sustentáveis e que preservem a sobrevivência de todo o sistema de imprensa alagoano, bem como das conquistas trabalhistas", diz a nota da entidade em Alagoas.
Afinal, #ReduçãoSalarialNão!