2018 já começou
É ruim, muito ruim em todos os sentidos, essa prática da podre política. brasileira em manter os palanques armados de eleição a eleição. Em meu livro “Brasil 2006 – A História das Eleições”, eu já digo isto: “aqui quando se apura os votos das últimas urnas já começa uma nova eleição”. Pior do que isso só essa excrescência do instituto da reeleição, que é criminoso, deturpado e desigual. Geralmente os anos eleitorais são muito negativos para as administrações. A máquina estatal emperra, as ações de governo viram verdadeiras “máquinas de fazer votos” e quem paga é sempre o mais fraco: o povo. E o que fazer se todos os anos de um mandato de governador e prefeito passam a ser também “anos eleitorais”?
Acho criminoso e irresponsável para um prefeito ou governador deixar de lado políticas públicas, responsabilidade social, desenvolvimento e outros itens significativos para sustentar antecipadamente uma campanha, usando a máquina pública e o poder como instrumentos eleitorais ilegais e imorais.
Acho patético quando vejo setores da mídia comprometida ou a serviço de alguém cobrar de políticos em pleno exercício do mandato que deixem os cargos para se candidatar. Nossa legislação eleitoral, um monstrengo frágil e cheio de anomalias, deveria ao ser reformada (se for um dia de verdade) estabelecer a proibição para que qualquer mandato seja interrompido, com punição do infrator e o impedimento para se candidatar por oito anos.
Os políticos profissionais fazem dos mandatos verdadeiros “empregos vitalícios”, com direito a aposentadorias imorais e que afrontam o pobre trabalhador brasileiro. Por fim o apelo aos políticos, à mídia tendenciosa e especulativa para que deixem os administradores trabalhar e aguardemos o 2018 chegar. A hora de fazer política chegará e ai vamos ver quem tem “feijão no emborná”.