Querem roubar mais
É mais um escândalo de proporções enormes o assalto de políticos de todas as legendas ao imoral Fundo Partidário. Dinheiro do povo que supostamente serviria para a manutenção dos partidos políticos, financiamento das eleições e promoção das atividades institucionais.
Desviando de suas finalidades a dinheirama serve na verdade para bancar viagens de jatinho, jantares com vinhos caros e todo tipo de despesa pessoal dos dirigentes. Não é sem razão que temos hoje mais de 30 partidos políticos em atividade recebendo essa verba imoral e desvirtuada de suas finalidades. É mais um roubo descarado promovido pela classe política que tem assaltado om país de todas as formas.
O Fundo Partidário distribuiu R$ 58.488.752,98 em duodécimos referentes a janeiro deste ano aos 35 partidos políticos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral. O PT recebeu a maior parte, R$ 7.866.826,90. Em segundo lugar veio o PMDB, com R$ 6.453.403,47, e em terceiro, o PSDB, que recebeu R$6.646.776,12. Vejam que esse dinheiro foi no mês de janeiro. Multiplique por 12. Para onde a verba recebida? Só outra Lava Jato para descobrir e prender os bandidos.
Preocupados com pareceres técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre prestações de contas das legendas com gastos não comprovados, parlamentares articulam criação de um fundo com dinheiro público para pagar multas decorrentes de gastos questionados pela Corte. Resumindo: querem pagar o roubo com o dinheiro roubado.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, seja para partidos ou candidatos. Os partidos alegam que os recursos partidários tiveram uma queda após a decisão do tribunal sobre as doações.
De acordo com informações , “pareceres dos técnicos do TSE sobre as contas partidárias de 2011, que serão julgadas até o dia 28 deste mês, pedem que as siglas devolvam R$ 35,6 milhões à União”. Além de devolver gastos não comprovados, as legendas ainda sofrem penalidades que devem ser quitadas com pagamento de multas.
No início do ano legislativo, a Câmara chegou a aprovar pedido de urgência de um projeto de lei que confrontava uma resolução do TSE e reduzia a previsão de punições a partidos políticos, envolvendo prestação de contas. No entanto, os parlamentares engavetaram a proposta.
Na última semana, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) apresentou relatório à comissão de reforma política com mudanças no sistema eleitoral. Um dos trechos cria um Fundo Especial de Financiamento da Democracia (FFD), também com dinheiro público. Já em 2018, o valor do fundo seria de R$ 2,2 bilhões destinados às campanhas eleitorais. Resumindo: roubam e querem roubar mais.