O fim das vaquejadas
O Ministério Público do Estado de Alagoas por meio da Promotoria de Justiça de Pilar ajuizou uma nova ação civil pública, dessa vez para suspender o 14º Campeonato Brasileiro de Vaquejada, organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. O evento estaria programado para ocorrer no período de 23 a 27 de novembro, no Parque Artur Filho, no Município, seguindo o que aconteceu em evento semelhante em Palmeira dos Índios.
A ação tem como base a decisão recente do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional a prática da atividade. Os ministros da principal corte do país entenderam que a vaquejada infringe maus tratos e crueldade aos animais.
Na ação civil pública, o promotor de Justiça Jorge Dória afirma que, durante a vaquejada, muitas lesões podem acontecer no momento da derrubada do boi, seja ela realizada enquanto uma “caçada livre”, seja realizada em uma situação simulada, como ocorrem nas competições festivas.
“Os maus tratos infringidos em decorrência destes movimentos são conhecidos e discutidos há longas datas, mesmo quando as lesões não são facilmente perceptíveis. Todavia, em outras situações, os movimentos, além de maltratarem o animal, também resultam em graves ferimentos e mutilações de fácil aferição como ocorre, por exemplo, quando a cabeça do boi é quebrada ou o rabo extirpado”, explica o promotor de Justiça.
“Se depender do Ministério Público alagoano a prática de vaquejada por aqui acabou mesmo e os infratores serão severamente punidos”, me assegurou um destacado procurador de Justiça. A decisão tem apoio de juízes e até do Tribunal de Justiça.