Do que se fala em Brasília
Agradando O novo decreto de Temer prevendo canal direto do comando militar com o presidente da República diminui o poder do ministro da Defesa. Agora, os chefes das Forças Armadas despacharão diretamente com o presidente interino. Temer está disposto a agradar os militares. Marcou para o fim de julho a assinatura da promoção de 25 generais. A queixa do setor sobre a demora de Dilma para assinar as transferências eram constantes.
Bondade pura Técnicos do STF se espantaram com a decisão do ministro Dias Toffoli de mandar soltar Paulo Bernardo, ato que não constava no pedido da defesa. “É como se os advogados pedissem uma Caloi e ganhassem uma Harley Davidson”, declarou um dos especialistas.
Cabeças vão rolar I Vazam informações do Ministério Público que preocupam as mais destacadas cabeças da república. A tática é esperar o impeachment da presidente afastada e logo em seguida deflagrar sucessivas operações da Policia Federal com mandados de prisão, além busca e apreensão de documentos e bens. A lista é longa e com muitos poderosos.
Cabeças vão rolar II No rol dos nomes cujas investigações já estão concluídas existem duas figuras emblemáticas. “Uma delas haverá unanimidade e o país vai aplaudir. A segunda é uma incógnita qual a reação nacional. Por isto mesmo ambas têm que ser no momento oportuno e estão sendo estudados todos os detalhes”. Segundo confidenciava um procurador da Lava Jato.
Todos iguais As investigações que vão resultar na grande operação preparada pelo Ministério Público e Polícia Federal, já receberam o aval do STF, mas há uma grande preocupação de que nada seja vazado, pois são tantos os envolvidos que poderá por em risco a estabilidade institucional do país. PT e PMDB encabeçam a lista, mas é vasto o envolvimento de integrantes de vários partidos. Inclusive algumas surpresas. Todo o planejamento da grande operação está guardado em um cofre forte. E sabe quem tem a única chave? O juiz Sérgio Moro.
A maior de todas Há no momento uma dúvida entre os investigadores da Lava Jato quanto ao momento e o tamanho da largada da operação. São tantos os personagens que um grupo defende o “fatiamento” em várias etapas, mesmo que sucessivas, enquanto alguns acham que “tem que limpar de uma vez só”. Da operação muita gente sabe, mas a “lista negra” essa ninguém tem acesso. Vamos aguardar, pois em Brasília é assim: pode acontecer tudo. Inclusive nada.