Marcelo Odebrecht a “Elba” da Dilma
O executivo Marcelo Odebrecht não é um vagabundo qualquer e sua delação que caminha para ferir de morte as principais figuras da República não pode ser comparada a credibilidade de um marginal tipo Sergio Machado e tantos outros apanhados pela Operação Lava Jato. Tem sob seu comando a maior empresa de construções do país e um conglomerado de outras que faturam bilhões aqui e no exterior. Precisa contar tudo o que sabe para diminuir o seu castigo e com certeza o fará.
Marcelo Odebrech vai assumir no acordo de delação que negocia com procuradores da Lava Jato que controlava pessoalmente os recursos legais e ilegais que irrigaram as campanhas presidenciais de 2010 e 2014, vencidas pela presidente afastada, Dilma Rousseff, segundo a Folha apurou.
O executivo vai relatar que teve uma conversa com Dilma no México em 26 de maio de 2015, quando teria alertado a então presidente que os investigadores da Lava Jato estavam prestes a descobrir os pagamentos ilícitos que a Odebrecht fez ao marqueteiro João Santana na Suíça.
De acordo com o executivo, Dilma não deu atenção ao que ele dizia.
A conversa ocorreu 24 dias antes de Marcelo ser preso pela Polícia Federal —a prisão preventiva de Marcelo completou um ano no último domingo (19).
O ex-presidente da Odebrecht chegou a tratar de pagamentos ao PT com representantes do partido, em sua casa no Morumbi, na zona sul de São Paulo.
Já se comenta em Brasília que Marcelo Odebrecht é “a Elba da Dilma”. Em alusão ao caso que derrubou o então presidente Fernando Collor.