Em Brasília: Convenção do PMDB gera expectativas

12/03/2016 08h08

Com convenção marcada para hoje, o PMDB se aproxima de fechar um acordo que pode unificar momentaneamente a legenda. Divide-se em duas partes: a recondução de Michel Temer à presidência do partido e a fixação de uma data para decidir se deve ou não romper com o Governo. No momento, negocia-se o prazo de um mês. A unidade em torno de Temer já foi construída. Quanto à segunda parte, a cúpula da legenda está muito próxima de fechar um acordo. A convenção transferiria para o diretório nacional do partido a decisão sobre o futuro da aliança com o Governo do PT, fixando uma data. Deve-se ao diretório do PMDB da Bahia a proposta que parece conciliar os interesses dos dissidentes anti-Dilma e dos peemedebistas que ainda hesitam em desembarcar do governo. Fervoroso defensor do rompimento, o baiano Geddel Vieira Lima defende que a convenção sirva para construir a unidade inequívoca em torno de Michel Temer. “E podemos adotar outra solução que combina serenidade e coragem: aprovaremos o encaminhamento das moções que sugerem o rompimento com o Governo para o diretório nacional, com a observação de que a decisão será tomada em até 30 dias”, disse. O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), por outro lado, diz que é “totalmente contra” um rompimento de seu partido com o Governo da presidente Dilma Rousseff. Quem ajudou a eleger tem que ajudar a governar. O PMDB teve sempre isso na sua história, ainda mais em um momento desse, de uma crise econômica que está afetando toda a população do País, com o desemprego grande, com atividade econômica totalmente parada", afirmou. Já o deputado federal Marx Beltrão, afirmou que não sabe se um rompimento com o Governo Dilma será colocado na convenção nacional deste sábado. "Mas na convenção sou defensor que se reestruture programaticamente o partido, que tenha definição muito clara dos objetivos que deseja", destacou. "O fundamental para o partido é discutir. Peemedebistas mais próximos ao vice-presidente Michel Temer costuram uma solução para evitar um impasse neste sábado na convenção nacional do partido. Mesmo com a proposta colocada de moção de rompimento com o Governo, a ideia é tentar não tirar nenhuma decisão agora e remeter para o diretório eleito tomar uma definição em até 30 dias. Isso evitaria contaminar o consenso formado em torno da reeleição de Temer à presidência do PMDB. Michel Temer saiu de Alagoas muito feliz com o apoio do senador Renan Calheiros. Temer até no seu discurso em Maceió, apontou o nome do governador Renan Filho como um dos presidenciáveis em 2018, no entanto, Renan Filho chegou a comentar: " falta voto".