Volta como rei
De repente há uma transformação radical de um Renan Calheiros (presidente do Congresso Nacional) agressivo, intolerante com o governo e até ameaçando fazer tremer as relações institucionais ao lado do presidente da Câmara Eduardo Cunha, para um grande líder pacificador, com o perfil de “salvador da pátria” cujas ideias são acolhidas pelos “náufragos do Planalto” e louvadas pela presidente Dilma e o seu mentor Lula. Todos vislumbram a luz de uma vela no fim do túnel, mas cuidado, pode ser um trem vindo em direção contrária.
Acontece que a agenda positiva proposta por Renan Calheiros para salvar o Brasil e estancar a crise que está ai pode e vai encontrar obstáculos talvez intransponíveis gerados pela oposição e pela ira desmedida do presidente da Câmara que se sente traído e tem munição para fazer um grande estrago no comemorado projeto de salvação.
A chamada Agenda Brasil foi apresentada, na segunda-feira 10, aos ministros da área econômica como uma forma de retomar o crescimento econômico e de realizar reformas necessárias para que o Brasil supere a crise. Na opinião de Renan, a agenda deve ser ampla a ponto de reunir as forças políticas em torno dela.
“Eu acho que agenda tem que tratar de tudo, da reforma do Estado, da coalizão, da sustentação congressual. Esse modelo político, essa coalizão, ela já se esgotou no tempo. É preciso dar fundamento ao ajuste, à agenda da retomada do crescimento, sinalizar claramente com relação ao futuro do Brasil e construir uma convergência com relação a esse futuro”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou que é "jogo de espuma" o conjunto de propostas apresentado ao governo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, a fim de reaquecer a economia. Para Cunha, falta conteúdo concreto.
A Câmara está disposta a participar de qualquer coisa que seja boa para o país, esse não é o problema. Precisamos saber que tipo de conteúdo. Até agora, nós vemos apenas um jogo de espuma, sem conteúdo concreto e utilizando parte da espuma que já vem da própria Câmara, disse um magoado Cunha.
O Brasil tem que ter solução com a participação de todos. Não existe solução individual para nada. Vivemos um sistema bicameral e nada funcionará se as duas Casas não participarem.
A grande verdade é que se tudo der certo o senador Renan Calheiros será mesmo elevado à condição de “salvador da pátria” e se tornará a figura com maior poder na República ( um rei sem trono) e todos estarão sob suas ordens: a presidente, Lula, ministros e todo o governo. Se der errado é apostar quem cai primeiro: Dilma ou Renan?
O ponto eletrônico O motivo mais “relevante” da greve dos médicos do PAM Salgadinho está perfeitamente detectado e comprovado: o ponto eletrônico. Por que “semideuses” estariam sujeitos à tamanha humilhação se igualando aos mortais servidores que cumprem suas jornadas de trabalho diária no serviço público? Com salários que fogem à realidade aqui ou em qualquer lugar, alguns chegando a ultrapassar mais de trinta mil reais se negam a cumprir seus confortáveis horários e muito menos a registrar suas entradas e saídas no serviço. O prefeito Rui Palmeira, indignado igualmente toda a sociedade, determinou simplesmente o cumprimento da legislação que os regula. Há deficiências sim, mas nada que impossibilite o exercício da atividade de salvar vidas a atender aos necessitados. O PAM Salgadinho sempre viveu em situação precária e à base de remendos. Tenho informações que a ordem é pra valer e quem desejar é só pedir para sair. Duvido que alguém peça.
Vai ter que engolir A indicação de Rodrigo Janot para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República já está definida a consolidada. O atual procurador-geral da República foi o mais votado em eleição no Ministério Público da União (MPU).
Além de chefiar o MPU, que abrange os Ministérios Públicos Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal e Territórios, o procurador-geral também preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e deve ser ouvido em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se depender do presidente do Senado, Renan Calheiros, a aprovação do nome do procurador será rápida e garantida, segundo prometeu à presidente Dilma Rousseff, para desgosto do senador Fernando Collor, desafeto odioso de Janot, que o incluiu na lista dos envolvidos na Operação Lava Jato.
Eu sou você amanhã O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) advertiu que o Brasil não pode "ficar indiferente à crise política da Venezuela", porque, segundo o senador, o que acontece lá tem efeitos aqui.
Ele lembrou que o país vizinho enfrenta também uma séria crise econômica, com desabastecimento de diversos produtos, e que vários opositores do presidente Nicolas Maduro estão presos.
Aloysio Nunes espera que seja cumprido o compromisso da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), de enviar uma comissão para acompanhar não apenas para o dia do pleito na Venezuela, marcado para o dia 6 de dezembro, mas todo o processo eleitoral.
Para o senador, o Brasil também deve fazer valer seu peso diplomático para que garantir que as eleições venezuelanas ocorram em clima de liberdade e transparência.
Um bom secretário Desde o inicio do governo, iniciativas que mostram o compromisso da gestão de Renan Filho com a redução da violência têm colaborado para deixar a população alagoana mais tranquila. Esta semana foram prestadas homenagem aos responsáveis por ações que se destacaram nesse processo nos seis primeiros meses de 2015, e nos consequentes resultados positivos que a segurança pública do Estado vem registrando. Na ocasião, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Christian Teixeira, recebeu o reconhecimento pelo trabalho que vem sendo desempenhado nos últimos oito meses, com o sólido desempenho da Mesa de Negociação Permanente do Governo. O canal tem possibilitado o contínuo diálogo com os servidores públicos de Alagoas, incluindo os da segurança pública do Estado.
Sem dúvida o jovem secretário Christian Teixeira se consolidou como um dos melhores quadros do governo Renan Filho.
Bom desempenho O deputado Ronaldo Lessa leva a sério a função de coordenador de bancada o que nunca aconteceu em legislaturas anteriores. É disciplinado e tem mestrado em articulação, gosta da atividade parlamentar e tem experiência no exercício da política em todas as vertentes. Sem mágoas, sem ressentimentos, pensa grande quando se trata de beneficiar Alagoas. Está empenhado em mobilizar a bancada federal para trazer recursos para Maceió, governada por um seu adversário. Lessa declarou: “A nossa capital é responsabilidade de todos e é por isso que estamos reunidos. Todos devem estar envolvidos e vamos trabalhar no sentido de contribuir e responder às necessidades em resposta à confiança outorgada pelo povo”.
O exemplo de Lula A herança mundial de Lula está no site Foreign Policy, instituição criada para debater a política externa americana. O diferencial desta matéria é que eles observaram que é a primeira vez que se investiga um ex-presidente sobre seus atos praticados já fora da presidência, o que é incomum. Como diz o texto, geralmente as investigações ocorrem sobre atos praticados quando o político ainda está no poder, e o que é cometido já fora do poder passa a ter uma relevância secundária.
Elogiam o MP, pois a sua atuação coloca luz sobre o que ocorre no mundo todo, quando políticos passam a se aproveitar do status de ex-presidentes que passaram a ter para influenciar e ganhar muito dinheiro.
Almeida sozinho A cada dia uma suposta candidatura do ex-prefeito Cicero Almeida no próximo ano fica inviável. Praticamente sozinho, sem um partido pra chamar de seu, não conta com nenhuma simpatia das grandes lideranças que formam as bases de oposição ou governo. Renan ( pai e filho) , Benedito de Lira, Ronaldo Lessa, Collor e outros coadjuvantes não confiam nem o apoiam . Para completar seu incerto futuro ainda lhe sobram algumas ações de improbidade que caminham nos corredores do Judiciário. Almeida , por inexperiência ou vaidade excessiva, ficou isolado e vai pagar um alto preço.
Ninguém entendeu Os servidores do Tribunal de Contas que não compareciam ao trabalho há anos parece que ao contrário do anunciado receberam um prêmio do Conselheiro presidente Otávio Lessa. Por um “acordo de cavalheiros” foram colocados à disposição da Assembleia Legislativa onde certamente continuarão dando o mesmo expediente (nenhum). Um detalhe: todos continuam recebendo pelo Tribunal de Contas. Dá pra entender?
Para refletir: A política é constituída por homens sem ideais e sem grandeza. (Albert Camus).