Reforma Política: a grande decepção
Em meio à decepção em que se transformou o imbróglio da Reforma Política no Congresso Nacional e entre tantas opiniões e votos em desencontro com tudo o que a sociedade esperava encontro uma voz lúcida e que vem descrever o quadro real da grande enganação engendrada e negociada nos gabinetes sujos e no plenário do Congresso Nacional. Quem conhece a Câmara e o Senado, quem conhece o comportamento dos políticos que lá fingem trabalhar não se surpreendeu e até esperava que fosse assim. Mas a maioria da população, como sempre enganada, esta sim, está indignada e disposta a sepultar todas as esperanças de mudanças para melhor na política brasileira. Segundo as palavras do deputado federal Marcus Pestana “A crônica da morte anunciada se materializou. Confirmando a profecia dos céticos, a “montanha pariu um rato”. Criou-se uma enorme expectativa na sociedade brasileira em relação a uma suposta reforma política, embora seja falso afirmar que essa demanda fosse um ardente clamor popular. A começar pela Presidente Dilma que respondeu às históricas jornadas de junho de 2013, que se deram em torno da indignação com a corrupção sistêmica e institucionalizada, da péssima qualidade da educação, da saúde, da mobilidade urbana e do transporte coletivo, propondo a tão decantada reforma política”. Em colunas passadas eu fiz esta previsão de que na reforma política tudo poderia acontecer, inclusive nada. Os senadores são os mesmos, os deputados idem. Então o que se supunha mudar? O país e a democracia brasileira precisam de uma verdadeira reforma que aproxime a sociedade de sua representação política, barateie as campanhas diminuindo o peso do poder econômico, fortaleça os partidos e as instituições, melhore o já deteriorado clima para a governabilidade e a boa governança, que hoje é conduzido pela formação de maiorias eventuais e não programáticas num detestável festival de clientelismo, patrimonialismo, corrupção, chantagens, concessões e troca de favores. Todos acham que há uma necessidade urgente de mudar, e realmente há, mas tudo continuará como está. A inércia conservadora do status quo, o medo do novo venceram uma vez mais. Fracassamos e perdemos talvez a última chance de reformar nosso sistema político, eleitoral e partidário. E conclui finalmente o deputado Marcus Pestana (que vontade que agente também tivesse um desse): “O fracasso tem três causas básicas. A ausência de autoridade e liderança de Dilma, que está se tornando cada vez mais uma presidente fantasma, ausente. A fragmentação já excessiva do Congresso, com 28 partidos. E a guerra medíocre entre PMDB e PT”.
Um fato curioso Recentemente estive em Brasília e no mister de minha função de jornalista político fui ao Congresso Nacional. Como lá estava acompanhado de um amigo deputado de Minas Gerais meus contatos quase se restringiram aos deputados Rodrigo Castro, Domingos Sávio, Marcus Pestana, Paulo Abi-Ackel e Carlos Melles. Deixei recado no gabinete de três deputados de Alagoas e nenhum retornou (talvez muito ocupados ou com medo). Nisso tudo um fato me chamou atenção: entre os deputados que mantive contato e alguns jornalistas, a exceção de Mauricio Quintela, nenhum outro nome da bancada alagoana é conhecido por seus colegas e a imprensa (mostra da fragilidade de nossa representação). Quanto aos senadores os três muito conhecidos e comentados, com uma vantagem de Fernando Collor que ganha em simpatia e atuação parlamentar.
Tudo tem limite Aqui os “maconheiros” saíram às ruas não apenas para propagar e enaltecer o uso e tráfico da droga, ainda proibida, mas também para fazer desordens e provocar a sociedade. O mais descabido é encontrar equivocados apoios de entidades como a OAB que em sua atual gestão tem pecado na seleção criteriosa das causas que deve defender e tem sido muito criticada. O evento foi uma bagunça e chegou para perturbar e causar confusão. A polícia agiu corretamente e dentro da legalidade para manter a ordem pública. Abusaram do direito da livre manifestação exageradamente. A polícia prendeu baderneiros e apreendeu maconha que se usava na marcha. O secretário Alfredo Gaspar foi testemunha de que jovens consumiam a droga abertamente. Indignado determinou que a polícia agisse dentro da lei para coibir e assim foi feito. Se reagiram tiveram o troco. Como diz o secretário “discutir a legalização não significa dizer que a maconha está liberada”. A maconha é droga ilícita e seu uso proibido. Tudo tem limite.
Aqui é uma festa Periodicamente o prefeito Rui Palmeira e sua “trupe” realizam em bairros da periferia uma programação festiva para animar a população e no entorno da programação as Secretarias e órgãos municipais desenvolvem algumas ações para enganar os tolos, fingindo uma prestação de serviços séria, O programa demagógico não traz benefícios maiores , tampouco soluciona os principais problemas do bairro e da população. Ao encerrar a programação, amplamente festejada, continuam sem escola, sem atendimento de saúde e sem o respeito que lhe deve o poder público, que no caso é negligente e irresponsável.
Aqui é trabalho Bem diferente das ações demagógicas da Prefeitura de Maceió o governo do estado instalou pela primeira vez o programa “Governo Presente” que teve como sede a cidade de Arapiraca e que atendeu vasta região do Agreste. O governador Renan Filho cumpriu uma extensa agenda de trabalho com seus secretários , vendo in loco e também dando soluções imediatas às demandas encontradas. Não teve festa nem comemoração, mas muito trabalho e uma pauta realmente positiva. Entre muitas ações é de se destacar o edital para seleção de implantação de 13 escolas em tempo integral, isenção de ICMS para a Cadeia Produtiva do Leite, duplicação e restauração da AL-110, implantação do aeroporto de Arapiraca, distribuição de sementes com os agricultores da região, instalação do Centro Integrado de Segurança ( base conjunta da Polícia Militar e Polícia Civil). A população percebeu e registrou que ações concretas foram levadas pelo governo do estado, sem demagogia e com vontade de fazer acontecer. Que sirva de exemplo não apenas para o prefeito de Maceió, mas para muitos que apostam no quanto pior melhor.
De olho nas estatais Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, assinaram, esta semana o anteprojeto da Lei de Responsabilidade das Estatais. Na ocasião, os presidentes também assinaram um ato instituindo uma comissão mista do Congresso Nacional para analisar o anteprojeto e apresentar a versão definitiva da proposta de lei. Conforme explicaram os presidentes, o texto é apenas o ponto de partida para o trabalho da comissão, que terá como presidente o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e como relator o deputado Arthur de Oliveira Maia. Renan e Cunha ressaltaram que o colegiado terá 30 dias para concluir os trabalhos e que o projeto já deve ser votado antes do recesso parlamentar de julho. - Essa lei pretende dar respostas que a sociedade está pedindo que o Congresso dê nessa hora. Ela fortalecerá o Brasil e acabará com um mundo paralelo das estatais, que não têm controle público, que não têm acompanhamento do Congresso e que não dá respostas à sociedade – ressaltou Renan.
Partidos do “penico” Perdeu-se uma grande oportunidade na reforma política que não foi feita e agora tudo vai continuar como sempre foi ou até pior. Era a hora de acabar de vez com um punhado de partidos políticos de alugue, sob o comando de picaretas e gatunos, que se vendem a cada eleição para as grandes legendas. Esses partidos são verdadeiras “máquinas de fazer dinheiro”, pois além da corrupção deslavada a cada pleito, a cada venda, tem também o gordo Fundo Partidário que deixa muita gente rica e ainda com tetas governistas para mamar. Mas como eles iriam acabar com uma mamata que serve à maioria dessa corruptela implantada na política brasileira? Ouvia de uma experiente figura no assunto: “O valor moral desses partidos pequenos é o mesmo do que está dentro do penico”.
Para refletir: “Tudo tem limite. O que a Segurança Pública não vai permitir é que vire uma zona” (Secretário Alfredo Gaspar sobre a confusão armada pela Marcha da Maconha).