O equívoco do voto
No ano de 2012 nas eleições para prefeito Maceió vivia tempos de uma administração municipal com resultados positivos em investimento em infraestrutura, porém miserável na atenção direta à população principalmente a mais necessitada. Índices negativos feriam de morte a autoestima da periferia que não tinha saúde, educação ou o mínimo de assistência digna e o brigada ao poder público. Fora tudo isto uma enxurrada de denúncias de corrupção, desvios de finalidade e atentado aos princípios constitucionais da moralidade e da legalidade. Apesar de outros nomes a disputa mais acirrada foi entre os candidatos Rui Palmeira e o ex-governador Ronaldo Lessa, tendo este sua candidatura dificultada durante toda a campanha culminando com a cassação do registro de sua candidatura às vésperas do pleito. Ai então o deputado Rui Palmeira passou à condição de praticamente candidato único restando contra si fracos e despreparados adversários. Foi eleito em primeiro turno com 230.129 votos, ou 57,41 dos votos válidos. Rui teve uma trajetória meteórica e brilhante antes de sua consagração como prefeito da capital. Em 2006 foi eleito deputado estadual com 21.752 votos e desempenhou um honrado e eficiente mandato em uma Assembleia na qual a maioria era acusada de corrupção, formação de quadrilha e outros tantos crimes contra a administração pública. Saiu inteiro como entrou e partiu em 2010 para uma candidatura a deputado federal quando muitos duvidavam de sua eleição. Obteve 118 mil votos a grande maioria na capital e durante dois anos teve papel de destaque na Câmara dos Deputados. Com uma elogiável postura foi nesse período um dos melhores nomes da bancada alagoana. Interrompeu seu mandato em Brasília para disputar a prefeitura de Maceió. Apresentou-se e foi aceito pela população como “o novo”. O foco de sua campanha foram as “tragédias” do seu antecessor e as transformações para uma Maceió com futuro diferente e da maneira que todos desejavam: com saúde para a população, escolas públicas para as crianças pobres, assistência social, valorização do servidor público e total respeito ao interesse público. Tudo mentira! Construiu uma equipe na sua maioria de “amiguinhos” e indicações politicas, sem nenhum preparo para a administração que Maceió merecia e pedia. Blindado por um entorno incompetente politicamente isolou-se e trancou-se dentro de sua arrogância ( adquirida com o poder) e ai está o resultado: em dois anos e meio uma das piores administrações da cidade. Rui Palmeira conseguiu com sua melancólica e inerte maneira de governar frustrar as esperanças de milhares de eleitores que viram nele o deslumbrar de um futuro desejado para Maceió. Se as eleições fossem hoje, com certeza seria fragorosamente derrotado. Não acredito que haja tempo de se recuperar, pois falta a ele e sua equipe, humildade, criatividade e eficiência para tanto. Hoje o que se ouve nas ruas são os lamentos e protestos de muitas pessoas que votaram acreditando em suas promessas e se confessam arrependidas pelo equivoco do voto dado.
De olho na gastança Com a intenção de proporcionar mais transparência às suas ações, o Tribunal de Contas da União realizou esta semana evento de apresentação do Plano de Controle Externo referente ao período até março de 2017. É a primeira vez que o tribunal divulga o plano de controle à sociedade. A programação incluiu apresentações sobre a vinculação do plano de controle com o plano estratégico do TCU e sobre os desafios e as linhas de ação de controle nas áreas social, de infraestrutura, desenvolvimento e dos serviços essenciais ao Estado. O plano contempla 34 linhas de ação, desdobradas em áreas temáticas, que direcionam a atuação do tribunal para questões como: análise das estruturas de governança e gestão, avaliação de aspectos de formulação, implementação e resultados de políticas públicas, redução da burocracia, avaliação dos serviços e da qualidade do acesso à informação ofertada pela administração pública, avaliação da qualidade do gasto, da entrega e da regulação de serviços públicos essenciais e a execução de grandes eventos, como a Olimpíada de 2016 ( se houver).
Governo acuado Senadores de cinco partidos anunciaram nesta quarta-feira (20) apoio a um manifesto apresentado por diversas entidades da sociedade civil contrárias às medidas provisórias (MPs) de ajuste fiscal do governo, que aguardam votação em Plenário. A MP 665/2014 restringe o pagamento de seguro-desemprego e do abono salarial, entre outros benefícios trabalhistas. A MP 664/2014, por sua vez, estipula novas regras para concessão de auxílio-doença, pensão por morte e benefícios previdenciários. Já aprovadas pela Câmara, ambas foram editadas pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de economizar recursos inicialmente previstos em R$ 18 bilhões. Representante do partido de Dilma, o senador Lindbergh Farias (RJ) anunciou que vai votar contra a MP 665/2014. Ele defendeu mudanças na política econômica, mas disse que o governo deve promover a recuperação do emprego. — Para esse governo dar certo tem que mudar a política econômica. Houve desequilíbrio fiscal, e ele aconteceu porque houve desoneração de 100 bilhões [de reais] para as grandes empresas. Não tem nenhuma medida que taxe os mais ricos, os ajustes estão sendo feitos sobre os trabalhadores mais pobres — afirmou.
Renan sai na frente O presidente do Senado, Renan Calheiros, conclamou os governadores à construção de uma agenda positiva para garantir o equilíbrio da federação e superar a crise econômica. Ao abrir encontro sobre o pacto federativo, no Salão Negro do Congresso Nacional, Renan fez um balanço das iniciativas aprovadas e implementadas pelo Legislativo e manifestou sua disposição de ouvir os governadores para definir os próximos passos. O senador citou avanços na questão, como o fim da guerra de ICMS nos portos, proporcionado pela Resolução 13/2012. Essa variante da guerra fiscal prejudicava a competitividade da indústria brasileira e criava conflito entre os estados. Com a presença de praticamente todos os governadores ( três faltaram mas mandaram seus vices) Renan aproveitou para fazer críticas ao governo petista e segundo se comentou em Brasília Dilma não gostou nada reunião que por certo lhe trará grande problemas políticos a partir de agora. Na opinião de um experiente senador “o Brasil agora tem dois presidentes: Renan Calheiros e Dilma Rousseff. Só que o Renan está mais forte com o apoio dos governadores”.
Quem esconde tem medo A população fica sem entender o apavoramento de alguns deputados que travam luta ferrenha para a manutenção do escabroso “voto secreto” em votações importantes na Assembleia Legislativa. Agora com o episodio da polemica questão da 17ª Vara Criminal a coisa fica mais evidente diante do posicionamento do Tribunal de Justiça e do Ministério Publico contrários a essa aberração desonesta que figuras carimbadas do Legislativo insistem em manter. Qual o interesse de um deputado não desejar que seus eleitores e a sociedade saibam como ele votou?
Dez dias de festa A prefeitura de Maceió anuncia dentro da irresponsabilidade que lhe é peculiar “grandes atrações para as festas de São João”. Uma verdadeira fortuna com bandas famosas, ornamentação e outros duvidosos gastos. Tentando justificar porque as festas são fartas e a atenção à saúde, educação e aos miseráveis não existe um debochado secretário diz: “as verbas para as festas são específicas e se a gente não gastar tem que devolver”. Como se todo mundo fosse idiota. Então eles só têm disposição de buscar verbas para farras e falta imaginação e coragem ou vontade para fazer a mesma coisa pela melhoria da condição de vida das comunidades mais carentes. É muita hipocrisia e falta de vergonha. Acorda prefeito!
Liberdade de expressão O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou que a Casa tem um compromisso com a liberdade de expressão. Cunha disse que a censura travestida de legislação é inaceitável, e condenou qualquer proposta autoritária que reduza o direito à liberdade de expressão. “Seremos sempre oponentes severos a tudo que possa soar como falacioso e dúbio. Para a Câmara, a democracia será sempre um tema central”. Com certeza o governo e os petistas não gostaram nada das declarações do presidente da Câmara que se chocam com as más intensões de censurar e implantar o controle social das mídias. É um golpe na disfarçada ditadura dos meliantes governistas.
Para refletir: “Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele”. (Charles de Gaulle)