Pena que seja assim
Diante de minhas críticas nas últimas edições sobre os descaminhos da administração do prefeito Rui Palmeira tenho sido abordado com muita frequência por leitores que também se dizem indignados e decepcionados com a esperança de mudanças sepultadas nestes dois anos e meses de gestão. Alguns não votaram, mas pela trajetória política do candidato acreditaram em mudanças efetivas e prometidas durante campanha. Os que votaram demonstram uma decepção ainda maior e se sentem traídos em suas crenças de estarem escolhendo o melhor. Não é exagero de jornalista: não ouvi uma voz sequer que discordasse de minhas críticas.
Esta semana encontrei casualmente um grande amigo do prefeito e pessoa de influência na sociedade que me abordou sobre o assunto: “Sou leitor de sua coluna há mais de dez anos. Todas as sextas feiras compro o Jornal Extra logo cedo e vou direto à sua página. Confesso que ultimamente faço isto constrangido por suas críticas a administração de Rui Palmeira. Você pega pesado amigo. Mas o meu constrangimento maior é porque você pontualmente tem toda razão. Não ví você fugir uma vez sequer da verdade. Você está dizendo o que toda a população de Maceió gostaria de dizer”.
Deixo claro que também não tenho nenhum prazer em criticar o prefeito. Fui seu eleitor e trabalhei o que pude por sua eleição. Tenho com sua família, principalmente com seu pai, o homem público que mais tenho admiração ( Ministro Guilherme Palmeira) a mais respeitosa relação. Mas disse pessoalmente a ele após sua posse. Estarei ao seu lado, mas não tenho nenhum compromisso com seus erros. Meu lado jornalista é assim: o cidadão pode ser meu amigo, o homem público tem o tratamento igual.
Gostaria de poder estar elogiando o trabalho do prefeito Rui Palmeira, mas os desacertos de sua administração me impedem. Escolheu uma equipe despreparada formada por amigos, colegas e agregados de campanha. Devia ter ouvido um conselho que serve para todo gestor público: “Nunca nomeie alguém para um cargo que você amanhã não possa demitir”. Tem sido arrogante e ausente no trato com as pessoas e me parece desmotivado para administrar. É uma pena que seja assim e isto não vai acabar bem.
Foi concluída nesta quarta-feira (29), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a leitura do relatório do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) à indicação do jurista Luiz Edson Fachin ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da CCJ, José Maranhão (PMDB-PB), concedeu vista coletiva à matéria e poderá convocar a sabatina do indicado a partir de quinta-feira (7), cinco dias úteis após a leitura do relatório, conforme o regimento.
Questionamentos apresentados nesta quarta-feira anteciparam o clima de polêmica que deverá marcar a sabatina de Fachin. Assim que Alvaro concluiu a leitura de seu relatório, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) questionou o fato de o indicado ter exercido advocacia privada após ter tomado posse como procurador do estado do Paraná, o que contrariaria lei estadual.
O sabatinado vai passar aperto na próxima semana. Sabe-se nos bastidores e corredores do Sedado que o presidente Renan Calheiros olha atravessado para a indicação da presidente Dilma.
Heloisa continua lutando Muitas vezes na vontade de chegar na frente ou “dar o furo!” alguns jornalistas pecam pela informação deturpada causando transtornos muitas vezes irreparáveis. O meu mestre Rodrigues de Gouveia, no velho Jornal de Alagoas dizia: “Não adianta chegar primeiro se chegar errado”. A noticia de que a vereadora Heloisa Helena teria anunciado não concorrer mais a cargos públicos e deixar a política não é verdade. É pura especulação.
Heloisa tem nos dito com frequência que não deve concorrer mais uma vez ao cargo de vereadora, sei também de sua frustração com a atividade parlamentar tão suja de lama da corrupção, da política dos “acertos”, dos acordos espúrios e isto não é novidade diante de suas convicções.
Mesmo que não seja candidata a nenhum cargo nas próximas eleições continuará em sua militância politica e pode muito bem esperar o tempo passar, fazendo cidadania mesmo sem mandato e mais tarde quem sabe topa uma candidatura. A verdade é que a bandidagem política torce para que ela não dispute uma eleição, mas é muito maior o número daqueles que pedem e precisam de sua presença na política. Hoje (quarta feira) conversei bastante com ela. Continua a mesma guerreira de sempre, inconformada com a canalhice, mas disposta a enfrenta-la em sua guerra santa.
Antônio Moura Dentro do caos administrativo que predomina na prefeitura de Maceió, um secretário se sobressai e desponta perante a comunidade como um gestor competente e empreendedor. Mesmo enfrentando as dificuldades financeiras e as verbas escassas da pasta tem realizado um trabalho elogiável.
Trouxe para a administração pública a agilidade da iniciativa privada, a vontade de fazer certo e o compromisso com o interesse público. É um defensor intransigente do esporte como instrumento de incentivo à promoção de qualidade de vida, principalmente nas comunidades mais carentes. Tem mostrado que se pode fazer muito com poucos recursos, mas com criatividade.
Tenho acompanhado seu trabalho e ouvido as melhores referencias sobre sua gestão de resultados à frente da Secretaria Municipal de Turismo e Lazer. O jovem Antônio Moura tem feito a diferença. Muito bom se seu exemplo fosse adotado.
Você acredita nessa história? Um adolescente suspeito de assalto morreu após uma “troca de tiros” com policias do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no bairro da Santa Lúcia. Segundo informações dos militares, outro adolescente foi detido e encaminhado para a Central de Flagrantes I, no bairro do Farol.
Ao avistar a viatura do Bope, os adolescentes, que tinham roubado uma moto, de cor cinza e de placa ORD-6156, tentaram fugir. Durante a fuga, o carona da motocicleta atirou contra a viatura dos militares. No confronto, o adolescente foi atingido nas costas, o condutor perdeu o controle e os dois caíram da moto em que estavam.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Alagoas (Samu) socorreu, mas o suspeito não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar no Hospital Geral do Estado (HGE). ( Com informações da Gazeta Web).
E o povo que se ferre
Para que serve o Fundo Partidário? O fundo partidário é dinheiro público (o nosso dinheiro) usado para custear gastos dos partidos. Cada sigla define como utilizará a grana alta. Muitas aplicam em campanhas, manutenção de sedes estaduais e os chamados gastos partidários. A maioria entanto entende que o dinheiro deve ser gasto com mordomias de seus dirigentes, viagens nacionais e internacionais, farras e até a distribuição “social” com correligionários, amigos e afilhados e também pagando gordos salários a dirigentes sem mandato. Tenho a convicção de que um dos negócios mais lucrativos hoje é a criação de um partido político. Não é sem razão essa briga constante de políticos em busca de um partido “para chamar de seu”. Se já era um bom negócio imagine agora com a irresponsável sanção da presidente Dilma que vem triplicar os valores de repasses do Fundo Partidário.
Pequenos milionários Para se ter uma ideia o repasse para o nanico PEN (Partido Ecológico Nacional), com só dois deputados federais, aumenta (670%): de quase R$ 908 mil para R$ 6,98 milhões. E isto vai acontecer com as demais siglas pequenas, algumas criadas apenas para servir de “aluguel” e “montaria” para os maiores.
No projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, o desprezível senador Romero Jucá (PMDB-RR), serviçal do Palácio do Planalto e sancionado sem cortes pela presidente Dilma Rousseff, que naturalmente ordenou que fosse feito com o objetivo de comprar votos para sua rebelde base aliada.
Outros exemplos da roubalheira explícita: O PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) de Levy Fidelix, que tem um deputado federal, ( Cicero Almeida) poderá receber R$ 5,176 milhões em 2015, bem mais do que levou em 2014 (R$ 1,321 milhão).
O PSDC (Partido Social Democrata Cristão), que no ano passado lançou Eymael como candidato à Presidência e que conseguiu eleger dois deputados, receberá R$ 5,605 milhões.
Para refletir: A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa. (Jô Soares)