
Jornalismo alagoano de luto pelo quesito salarial
O ato em protestar vestindo o 'preto' pelos jornalistas alagoanos nesta terça-feira 28/04 é contrário a proposta das empresas de comunicação em Alagoas de não reajustar o piso salarial da categoria.
A categoria pede reajuste de 13% no piso salarial. Logo 13 (irônico, hein!). Os representantes das empresas apresentaram ZERO de proposta e nem sequer reajustar a inflação acumulada no ano. A mobilização atingiu repórteres e apresentadores de TV, redações de rádio, impresso, web e assessorias.
Faixas com menções aos proprietários também foram espalhadas por toda a capital.
Uma delas foi colocada na avenida mais movimentada de Maceió e acusava o ex-presidente Fernando Collor de Mello, dono do maior grupo de comunicação de Alagoas - Organização Arnon de Mello (OAM) -, de precarizar o trabalho e o salário dos jornalistas.
A grande problemática é a relação bastante afetiva entre alguns ex-gestores do SINDJORNAL com o senador alagoano. É que o grupo tem a imagem muito associada ao político collorido, principalmente depois do último pleito eleitoral.
O senador Collor tem alardeado a sua luta pelos trabalhadores na TV, mas dentro das suas empresas, muitos profissionais estão sobrecarregados e com salários baixos.
Além de demitir, o Coronel Midiático da OAM já disse que vai dar zero de reajuste aos seus jornalistas.
"Isso foi apenas o começo.
Ou a proposta muda ou as Redações param! O recado foi dado”, disse Flávio Peixoto (Mineirinho), presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (SINDJORNAL).