Para onde vai o Brasil? Cuidado!
Chamou-me a atenção e divido com meus leitores o texto impecável do veterano jornalista Roberto Monteiro Pinho, na “Tribuna da Imprensa Online”, para que possamos refletir sobre o momento político institucional vivido pelo Brasil e as consequências previstas para o futuro. É um longo e primoroso texto que infelizmente não tenho espaço para publica-lo na integra, mas os interessados poderão acessar o site. Vale à pena conferir. Segundo ele “O impeachment não acena como a melhor das medidas para que o país retome seu lugar de nação econômica e socialmente em desenvolvimento. No calor das manifestações, até eu mesmo gostaria que a presidente Dilma Rousseff fosse despejada do Alvorada. Mas esse não é o caminho, entendo até que ela tem a obrigação moral e constitucional de arrumar o desarranjo que permitiu que seus colegas petistas e aliados fizessem na República. Seu afastamento seria desastroso, eis que temos na linha sucessória nomes nada recomendáveis para ocupar o “trono do poder". Causa bastante preocupação uma publicação da revista “Valor” edição de 26 de março corrente, de que 47,6% dos entrevistados pelo Barômetro das Américas, LAPOP, justifica um golpe militar para frear a corrupção. O problema agora é que não bastam os problemas da corrupção, e mergulhamos num problema político onde cabeças vaidosas e carreiristas (Dilma (PT) e o PMDB), que estão se digladiando diariamente enquanto o país afunda em profundas crises, com desemprego em massa, inflação, corrupção e retrocesso econômico. As massas já não mais complacentes mandam as mensagens ruidosas das ruas, das postagens nas redes sociais. O descrédito internacional já reflete na retração dos investimentos no país, mesmo aqueles de coloração volátil, que só visam lucros em títulos rentáveis, se desligaram do nosso sistema financeiro. Uma nação cuja máquina pública ultrapassa 600 mil pessoas, e gasta com a folha de pessoal 97% do seu orçamento anual, não pode ser chamada de nação civilizada e séria. Servidores hostis (até negligentes na função) são magistrados, serventuários em todos os escalões, assumindo postura “de superioridade", como se o cidadão contribuinte, seja um ser invisível. Não basta reclamar, não é nada bom ir ao extremo da loucura extraindo do Planalto, uma das culpadas por esse sistema doentio que ai está. O projeto de poder do PT, a voracidade dos aliados, comunga e conjuga dentro do mesmo patamar, para que poucos se deem bem, e muitos se deem mal
Cadeia não conserta O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira que a redução da maioridade penal, debatida atualmente no Congresso Nacional, não deve diminuir a violência no país. O magistrado, no entanto, considera que a eventual mudança na idade mínima para cidadãos responderem criminalmente por seus atos não contraria a Constituição. “Não vamos dar uma esperança vã à sociedade, como se pudéssemos ter melhores dias alterando a responsabilidade penal, uma faixa etária para se ser responsável nesse campo. Cadeia não conserta ninguém”, afirmou o ministro.
Conversando com Guilherme Recentemente fiz uma das coisas que me dá muito prazer: conversar com o ministro Guilherme Palmeira. Foi uma conversa longa, apenas nós dois e uma pauta da qual sempre tiro lições. Falamos muito de Divaldo Suruagy seu inseparável companheiro que falecera três dias antes, relembramos fatos do período em que foi governador e eu tive o privilégio de ser a pessoa mais próxima dele. Analisamos a política de ontem e a de hoje, onde não se pode comparar os métodos tampouco os homens. Conversamos sobre a efemeridade do poder (do qual ele nunca se serviu), das vaidades exacerbadas dos que não estão preparados e também dos que passam pela política e não deixam nem saudades. Disse-lhe que deveria existir uma “Universidade da Política”, onde os mais velhos fossem obrigados a ensinar a essência dessa ciência e os mais novos fossem também obrigados a aprender com humildade as lições da vida e os ensinamentos do moral e do legal, sem esquecer a arte de empreender e servir unicamente ao interesse público. Ele apenas sorriu e brincou: “Você com seus sonhos”. Despedi-me com saudade e a promessa de ser mais presente em suas vindas a Maceió. Guilherme, junto com Suruagy são, em minha concepção, os dois maiores homens públicos da história contemporânea de Alagoas.
Descendo a ladeira A reprovação do governo Dilma aumentou 37 pontos percentuais em relação a dezembro do ano passado e agora 64% dos brasileiros consideram a gestão da presidente "ruim" ou "péssima". Os juros e os impostos foram os principais responsáveis pelo resultado negativo. Os dados constam de pesquisa do Ibope divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgados nesta quarta-feira . No fim do ano passado, havia 27% de insatisfeitos com o governo. Para o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os dados mostram que os próprios eleitores de Dilma estão insatisfeitos e é isso que explica a queda nos índices de popularidade da presidente e do governo. — “São os eleitores da Dilma que, com o quadro atual de desemprego aumentado, inflação alta e as medidas de ajuste fiscal estão mais insatisfeitos. Claramente, o que se percebe é a insatisfação da população com a situação econômica atual e eles consideram isso culpa do governo”. Dilma mentiu descaradamente na eleição que considero o maior “estelionato eleitoral” que já assisti. Vai pagar caro.
Um prefeito solitário O prefeito Rui Palmeira vai pagar um preço muito alto pelas escolhas equivocadas desde o início de sua administração. Sua equipe é despreparada, deslumbrada e arrogante em muitos setores, salvo honrosas exceções. Uma mostra dessa bagunça está em seu próprio gabinete que certamente mais atrapalha do que ajuda. Uma pessoa muito acreditada ( e que não precisa da prefeitura) me contava que foi a uma audiência marcada e passou pelo constrangimento de assistir ao despreparo e falta de profissionalismo a começar por sua secretária pessoal e assessores que nada sabem de cortesia e política de tratamento. Conversou o assunto pautado com o prefeito e observou: “O Rui além de mal assessorado o senti muito solitário. Também acho que ele não tem nem com quem conversar”. Maceió dos buracos e do lixo Por falar em prefeitura de Maceió o assunto mais comentado durante a semana nos diversos noticiários locais e nas ruas é o estado deplorável em que se encontram as praças, ruas e equipamentos públicos em todos os bairros da capital. Tudo bem que falta dinheiro para investimentos maiores, mas a conservação de ruas e praças, organização urbana e limpeza de entulhos que se acumulam é muita falta de capacidade para fazer o mínimo. Se já não temos escolas, saúde e uma política eficiente de assistência social, pelo menos compra vassouras, pincel e tintas para não nos matar de vergonha.
Secretariado afinado Com paciência, determinação e muito jogo de cintura Renan Filho foi montando sua equipe e passados três meses de iniciada partida o time está pronto, aquecido e agora a ordem é: partir para o ataque a fazer gols. O governador é daqueles que aposta na meritocracia, não centraliza, mas exige resultados de seus auxiliares, não importa a posição que estejam jogando. Conversava esta semana com um de seus principais assessores que dizia: “O chefe tem sido muito claro com todos. Não deu certo muda, sem muita conversa”. A equipe sabe que terá um ano de dificuldades e montanhas de problemas para transpor, mas sabe também que problemas existem para que sejam solucionados com criatividade e de olho na eficiência. Um detalhe: Renan deixa claro que o governador é um só e a caneta é sua. Quem pensou diferente quebrou a cara.
Vai dar certo O Departamento Estadual de Trânsito por anos foi sinônimo de cabide de empregos, antro de corrupção e “propriedade de políticos”. Em determinado momento ex-governador Teotônio Vilela resolveu dar um basta na farra e convocou o desembargador Antônio Sapucaia para dirigir o órgão. As mudanças para melhor foram imediatas, mas o magistrado não demorou e entregou o cargo. O governador Renan Filho decidiu rever essa história logo no começo de sua gestão. Foi buscar o vitorioso advogado Antônio Carlos Gouveia, com história honrada no TRE, Conselho Penitenciário e Conselho de Segurança. Fez o convite e conferiu a ele todos os poderes. Acertou em cheio na escolha e o DETRAN com certeza fará parte da história de resultados do governo. Podem conferir mais na frente.
Para refletir: O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta. (Maquiavel).