Morre um brasileiro
Morreu na noite do último domingo (24) em São Paulo, aos 86 anos, o empresário Antônio Ermírio de Moraes. Morreu em sua casa, no Morumbi (SP) vitimado por um ataque cardíaco. Um dos maiores empresários do país Teve também importante atuação na área social. Por 40 anos presidiu a diretoria-administrativa do Hospital Beneficência Portuguesa, que entre seus serviços presta atendimento a pessoas de baixa renda. Dava expediente diário no próprio hospital, além de disponibilizar recursos quando necessário. Ocupava o cargo de presidente de honra do hospital, mas pouco falava sobre o assunto. Ajudou inúmeras obras sociais e anonimamente cumpriu um papel da maior relevância ajudando pessoas e instituições filantrópicas. Quando perguntado sobre essa sua atividade dizia: “O que eu faço de donativo, só eu e Deus ficamos sabendo. Meu pai me ensinou que donativo com propaganda não é donativo, é comércio”. Escreveu três peças de teatro e diversos livros e era membro da Academia Paulista de Letras. No campo pessoal, a marca de Antônio Ermírio foi a simplicidade, sempre acompanhada de humildade e generosidade. Como empresário ele tinha como meta investir continuamente para gerar empregos de boa qualidade. Como investidor ele pregava ser de responsabilidade dos empresários não apenas produzir e pagar impostos, mas também, ajudar o próximo. No ano passado, Antônio Ermírio de Moraes e a família apareceram entre os 100 maiores bilionários do mundo, segundo ranking da Forbes, com fortuna avaliada em US$ 12,7 bilhões. Antônio Ermírio trabalhava 12 horas por dia, mas ponderava que era preciso moderação. “Na vida, o meio termo é o correto, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Eu acho que é preciso trabalhar, mas não se descuidar do lazer, para você, para sua família, para sua saúde inclusive”. Conheci Antônio Ermírio de Moraes no ano de 2000, em Paulo Afonso. Conversei com ele e com dona Ruth Cardoso por algum tempo que ficamos no hotel. Naquele dia seria inaugurado um complexo de educação doado por ele a pedido de dona Ruth (muitos outros foram construídos no país). Um homem milionário, simples, de conversa franca e um jeito manso, que só os bons possuem. Desde este dia passei a ter muita admiração por Antônio Ermírio de Morais. O Brasil que lhe deve muito esqueceu de decretar luto oficial por sua morte (não era político), o pesar foi sentido apenas no mundo empresarial, pois até a imprensa que estava “ocupada” com Dilma, Marina, Aécio e o cadáver de Eduardo Campos não deu a importância devida. Não teve, e certamente a família não aceitaria, “desfiles em carro de bombeiro”, nem fogos de artificio e discursos enaltecendo sua trajetória, esta sim, irretocável, inabalável e invejável. Antônio Ermírio de Moraes deixa ao Brasil o legado da dignidade e da consciência do dever cumprido
Pra rir, ou pra chorar? Lia esta semana que a Associação Nacional de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil havia conseguido “uma vitória fundamental no encontro nacional realizado em Fortaleza”. Os participantes do encontro aprovaram uma resolução que “veda o acesso aos cargos de conselheiros aos que não atenderem à condição mínima de reputação ilibada e idoneidade moral”. A mesma exigência está contida na Constituição de 1988, em seu artigo 73 e diz que os ocupantes dos cargos de ministros do TCU e também os conselheiros dos Tribunais de Contas deverão atender aos requisitos: “mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, idoneidade moral e reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública, e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.” A Constituição anterior (1967) Fazia as mesmas exigências. Se nunca cumpriram a Constituição, vão cumprir uma simples resolução? Tudo me pareceu uma coisa muito hipócrita e até afrontosa.
Não aos oportunistas A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente, por contrariedade ao interesse público, o projeto de lei que tratava da a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios. O Ministério da Fazenda foi consultado sobre a proposta. A conclusão foi que a iniciativa representava gastos, colocando em risco o equilíbrio da responsabilidade fiscal. Agua gelada na ideia maluca de alguns vivaldinos que pretendiam transformar povoados insignificantes e até bairros da capital em cidades. Tudo vigarismo.
A PALAVRA DOS CANDIDATOS
BENEDITO DE LIRA Benedito de Lira pede para os agricultores o mesmo tratamento dado pelo governo ao setor automobilístico. Como todos sabem, o senador Benedito de Lira tem sido um grande defensor dos produtores nordestinos e, na presidência da Comissão de Agricultura, a atuação dele é no sentido de conseguir condições especiais para liquidação de dívidas rurais. Benedito de Lira reconhece que nos últimos anos houve algum avanço da parte do governo e um exemplo foi a sanção da Lei 12.844, que permitiu descontos nas dívidas entre 15 mil e 100 mil reais. Esse benefício gerou um impacto de 1,7 bilhões nas contas do tesouro e atendeu produtores do semi-árido do Nordeste com dívidas contraídas até 2006. Ainda assim, explica Benedito de Lira, nada se compara ao tratamento dispensado a outros setores da economia, como por exemplo o incentivo aos fabricantes de automóveis. Desde 2033, o incentivo vem sendo concedido ano a ano, e isso já importa em cerca de 32 bilhões de reais em isenções fiscais.
RENAN FILHO "Caro Pedro, nesta semana, em debate promovido pelo Sistema Correio de Rádio, e numa sabatina realizada pelo Sindifisco pude destacar que considero a eleição que se avizinha como histórica, pois este é o momento de mudarmos os rumos de Alagoas, colocando o Estado em harmonia com o século 21. Temos que combinar ações federais com iniciativas estaduais de forma decidida, como por exemplo no caso do déficit da previdência social. Em Brasília, temos que lutar para que seja renegociado e votado, até o final deste ano, o indexador da dívida e, simultaneamente, estabelecer como política local que cada empréstimo formalizado pelo governo estadual, em instituições financeiras nacionais e internacionais, terá um percentual capitalizado para o fundo de previdência própria do Estado de Alagoas. Hoje o servidor, a servidora, quando se aposenta, continua na folha de pagamento, o que inviabiliza reajustes dignos também para os servidores e servidoras da ativa. Esta questão é um exemplo de como se interagem os problemas e de como precisamos de firmeza e articulação para construirmos soluções práticas e ousadas - este é o espírito que proponho para nosso governo"
CALENDÁRIO ELEITORAL- ELEIÇÕES 2014
SETEMBRO - SEGUNDA-FEIRA, 1/9 Último dia para verificação das fotos e dados que constarão da urna eletrônica por parte dos candidatos, partidos políticos ou coligações . SETEMBRO - TERÇA-FEIRA, 2/9 Último dia para que os partidos políticos, os comitês financeiros e os candidatos enviem à Justiça Eleitoral o segundo relatório discriminado dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e dos gastos que realizarem, para cumprimento do disposto no art. 28, § 4°, da Lei nº 9.504/97. SETEMBRO - QUARTA-FEIRA, 3.9.2014 Último dia para os candidatos, partidos políticos ou coligações substituírem a foto e/ou dados que serão utilizados na urna eletrônica). SETEMBRO - SEXTA-FEIRA, 5.9.2014 Último dia para entrega dos títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscrição ou de transferência. Último dia para o Juízo Eleitoral comunicar ao Tribunal Regional Eleitoral os nomes dos escrutinadores e dos componentes da Junta Eleitoral nomeados e publicar, mediante edital, a composição do órgão. Último dia para a instalação da Comissão Especial de Transporte e Alimentação.
Para refletir: “O que eu faço de donativo, só eu e Deus ficamos sabendo. Meu pai me ensinou que donativo com propaganda não é donativo, é comércio” (Antônio Ermírio de Moraes).