Para bancar a candidatura de ET, Teotonio perdeu aliados e até amigos
Não se pode cobrar do governador Teotonio Vilela na desistência da candidatura de Eduardo Tavares ao Governo de Alagoas, a falta de empenho político. Desse pecado, Vilela é inocente. Para bancar a candidatura de ET, procurador de Justiça, totalmente alheio ao mundo da política partidária e eleitoral, o governador teve alianças rompidas, a exemplo do PSB, PPS, DEM e PP, e até amizades se perderam, como a Marco Fireman e Luiz Otávio Gomes. Confiante de que ET representava o melhor da política para governar o Estado, Teotonio Vilela submeteu-se ao isolamento político, teve que rearrumar a gestão de governo, trouxe para a campanha o seu marqueteiro pessoal, Einhart Jacóme da Paz, costurou a candidatura do vice-governador, deputado Gilvan Barros, político de densidade eleitoral no Agreste de Alagoas, colocou ao lado do candidato pessoas de sua inteira confiança. Vilela falava diariamente com Eduardo Tavares, ao tempo em que acreditava pessoalmente no crescimento de ET e até em sua vitória contra os candidatos Renan Filho (PMDB) e Benedito de Lira (PP). Alguns prefeitos já chegavam junto puxados pelo entusiasmo do governador e pela viabilidade eleitoral que a campanha começava a demonstrar, apesar de, na última pesquisa de intenções de voto feita pelo Ibope, em maio passado, Tavares aparecer com apenas 4%. De maio para julho, Teotonio já apostava num crescimento dessa candidatura. Ou seja, o governador pode ter todos os pecados nessa desistência, menos, falta de dedicação, trabalho e empenho para tornar essa candidatura, de fato, consistente.