Eduardo Campos diz que Nordeste irá se unir para votar nele
Único dentre os presidenciáveis a fazer carreira política no Nordeste, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) afirmou na manhã deste sábado (19), em PASSAGEM por Maceió, em Alagoas, que acredita que a região vai votar unida nele para presidente e que isso o ajudará a chegar ao segundo turno. Atualmente, Campos aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, com menos de 10% da preferência do eleitorado. “Tenho certeza que, como nordestino, o Nordeste vai se unir para nos levar ao segundo turno, para fazer a mudança que o Brasil reclama nesse momento”, disse o socialista, que tem como vice a ex-senadora acriana Marina Silva. O pernambucano voltou a criticar a presidente Dilma Rousseff (PT) por supostamente ter abandonado o Nordeste, região que ajudou a elegê-la em 2010. “Tenho compromissos com o Nordeste real. Que sente a falta de um governo em que o Nordeste acreditou e que efetivamente não devolveu ao Nordeste a atenção e o respeito que o Nordeste merece”, criticou. Campos esteve em Maceió para o lançamento da candidatura do senador Benedito de Lira (PP) ao Governo de Alagoas. Ele tem como vice o deputado federal Alexandre Toledo (PSB). O socialista, que tem priorizado agendas no Nordeste nessa primeira fase da campanha para diminuir a vantagem eleitoral que Dilma ainda possui na região, também vem a Pernambuco neste sábado. O candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, criticou, a atuação do governo de Dilma (PT) no Nordeste e ressaltou suas propostas para alavancar o turismo na região e as ações que pretende colocar em prática para combater a seca e melhorar a economia local. "O Nordeste deu 11 milhões de votos a ela e onde andamos vemos obras inacabadas. Não tem uma obra iniciada no governo de Dilma e terminada no governo dela. Aqui em Alagoas, o Canal do Sertão não tem um hectare de terra irrigado. Está sem levar água para as cidades que estão com sede", afirmou ele durante o lançamento da campanha de Benedito de Lira (PP), candidato ao governo de Alagoas numa aliança de nove partidos. Segundo o candidato, falta ações do governo federal no combate à seca, que foi considerada a pior dos últimos 50 anos e afetou drasticamente a agricultura e a pecuária no Nordeste. "O povo está endividado, cheio de problemas por conta da seca, que praticamente liquidou o nosso rebanho. Estou confiante que vamos fazer uma campanha da mudança. Tem dinheiro para isso e é possível tirar o Brasil dessa situação", declarou. "A gente vê o potencial turístico de Maceió e do litoral alagoano sem a finalização da duplicação da AL-101, que foi uma luta nossa, ainda no governo Lula (PT). Um dos primeiros atos da presidente foi vetar a federalização da AL-101 e da PE-060. Estive no Ceará ontem e também observei a mesma situação", disse. Campos aproveitou o evento para dizer que pretende reverter os índices da pesquisa Datafolha, que apontam o nome dele no terceiro lugar da disputa nas eleições de outubro. Ele acredita que é capaz de derrubar Aécio Neves (PSDB) e entrar na disputa do segundo turno com a presidente. Segundo a pesquisa Datafolha, Campos está com 8%, enquanto Dilma tem 36% e Aécio 20% das intenções de voto. Mas, numa disputa de segundo turno, Dilma chega a 45% enquanto Campos fica com 38%. Esta é a menor diferença entre os candidatos do PT e do PSB nas nove pesquisas Datafolha, que iniciaram em agosto de 2013. Em 15 dias, Dilma oscilou de 38% para 36%.