Senado resiste a apurar depósitos para Collor
Na contramão da Câmara dos Deputados, o Senado sinalizou nesta sexta-feira (23) que não vai instaurar processo para investigar o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), acusado de receber oito depósitos do doleiro Alberto Youssef que somam R$ 50 mil. O Conselho de Ética do Senado só pretende agir se for provocado pelo comando da instituição ou algum partido político, enquanto a Corregedoria argumenta que investiga apenas fatos que ocorram dentro da instituição. O PSOL, que tradicionalmente pede investigações contra congressistas ao Conselho de Ética, defende que Collor primeiro apresente suas justificativas à cúpula da instituição. “É preciso ouvi-lo antes de entrar com uma representação, disse Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Presidente do conselho, o senador João Alberto (PMDB-MA) afirmou, por meio de assessores, que só vai abrir processo contra Fernando Collor se receber pedido da Mesa Diretora do Senado ou de algum partido. A Câmara instaurou processos no Conselho de Ética contra os deputados federais André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA), acusados de envolvimento com Alberto Youssef, investigado sob suspeita de integrar esquema bilionário de lavagem de dinheiro.