Collor desliga o telefone quando o assunto é Youssef
Um dia após a revelação de que a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef comprovantes de depósito bancários, que somam R$ 50 mil, em nome de Fernando Collor de Mello, o senador do PTB de Alagoas negou-se a falar sobre a sua relação com o doleiro. Procurado pelo O GLOBO na manhã desta sexta-feira, Collor disse à reportagem que “desejava um bom fim de semana” para logo depois desligar o telefone. Os comprovantes foram encontrados durante busca e apreensão da Operação Lava-Jato feita em março no escritório do doleiro. O juiz informa ao ministro Zavascki que Collor de Mello não é investigado, e apenas comunica a existência dos depósitos em nome do ex-presidente da República. A existência dos depósitos consta em relatório da Polícia Federal ao juiz Sérgio Moro sobre a ação penal contra Youssef e contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa. A PF mostra que os R$ 50 mil foram depositados para Collor de Mello em oito pagamentos fracionados, nos valores de R$ 1.500; R$ 9.000: R$ 1.500; R$ 9.000; R$ 8.000; R$ 9.000; R$ 8.000; e R$ 4.000. A PF não explica a razão dos depósitos. De acordo com o relatório da PF, os depósitos de Youssef para Collor ocorreram nos meses de fevereiro, março e maio do ano passado.