Renan Filho fala da tribuna sobre a violência em Alagoas
O deputado federal Renan Filho voltou hoje(20) a tribuna da Câmara dos deputados, afirmando que "estava retornando para falar de um assunto que incomoda muito o alagoano: é a violência urbana, que tem destruído uma geração de jovens do nosso estado, especialmente jovens negros e das áreas mais periféricas das grandes cidades." Em Alagoas, disse ele, " este ano é o mais violento do que foi o de 2013, ano violentíssimo, em que mais de 2 mil pessoas foram assassinadas no meu Estado." Para Renan Filho, "no ano 2013, nos primeiros quatro meses do ano, 765 pessoas tinham sido assassinadas em nosso Estado. Neste ano, nos mesmos primeiros quatro meses, já tivemos 816 mortes, 816 homicídios, o que significa dizer que a violência, que já era a maior do Brasil, continua a crescer." Renan Filho afirmou e cresce porque imperou no Estado de Alagoas, nos últimos sete anos, a tentativa de transferir a responsabilidade. No começo do governo, tentaram transferir a responsabilidade para o Exército. O Secretário foi um general do Exército, um general aposentado que chegou a Alagoas respondendo a processos e saiu da Secretaria de Segurança do Estado denunciado por desvio de verbas. Depois, na tentativa de transferir a responsabilidade, o Secretário foi um delegado da Polícia Federal aposentado de Santa Catarina. Ele chegou já observando os desmandos da gestão anterior. Por ser da Polícia Federal, ficou com dificuldade de operar a Secretaria, passou mais de um ano e não conseguiu fazer". Mais adiante, revelou o parlamentar," no Estado mais violento do Brasil, as licitações fundamentais, como, por exemplo, licitar a contratação de veículos para que as polícias pudessem ter capacidade de locomoção; saiu também com a violência aumentada. O terceiro Secretário foi um coronel da Polícia Militar que talvez devesse ter sido a primeira experiência, por conhecer a realidade do Estado." Renan Filho explicou," nós ajudamos em Brasília e a Presidente Dilma lançou, em Alagoas, o Plano Brasil Mais Seguro, que investiu 300 milhões de reais na segurança pública. O Plano começou a andar, mas aí:, o Secretário saiu para ser candidato. " O mais lamentável, disse ele, "em vez de estar preocupado com a segurança, no final do ano de 2012, no final do ano de 2013, o Secretário distribuiu panetones, no final do ano, preocupado com política e saiu da Secretaria para ser candidato a Deputado Federal. " Na tentativa, contou Renan Filho, " de transferir a responsabilidade, o Governador Teotonio Vilela aí nomeou um Procurador de Justiça, para tentar transferir à Procuradoria de Justiça a responsabilidade de fazer segurança pública em Alagoas. Também, não deu certo, ficaram lá dois meses na Secretaria. " O ano de 2014 já é mais violento do que o ano de 2013, o que demonstra que o conceito de transferir a responsabilidade não dá certo, comentou Renan Filho, acrescentando que "o último Secretário agora, ,depois desse giro por todas as instituições, é um membro do Poder Judiciário, um juiz, um homem de bem, um homem decente, mas que, pelo conceito da administração estatual, não resolverá o problema. Para ele, "não étransferindo a responsabilidade para outros órgãos que Alagoas vai fazer o enfrentamento que o Estado precisa na área de segurança." Renan Filho arrematou, "enquanto o Governador Teotônio Vilela não tiver a consciência de que a responsabilidade para fazer segurança pública é dele, o Estado não vai resolver o seu problema. E advertiu o parlamentar alagoano, "varrendo para o canto da sala, para baixo dos tapetes, subestimando as estatísticas e a força da criminalidade, da violência, subestimando a droga e procurandotransferir a responsabilidade que o Estado vai responder, na velocidade que o alagoanos esperam, a esse problema que é a segurança pública, que tem nos deixado a todos atônitos." - "Eu queria concluir as minhas palavras dizendo o seguinte: A segurança pública tem caminhos, a segurança pública tem soluções. Vários Estados brasileiros reduziram o número de homicídios, de latrocínios, de roubos— fizeram o dever de casa. Lá em Alagoas, o problema é que, ao invés de fazer o dever de casa, de assumir a responsabilidade, de demonstrar para a população que há muito a ser feito, o Governo tenta transferir a responsabilidade para outros Poderes", concluiu o deputado Renan Filho(PMDB)